Cancro do colo do útero, grande preocupação em África
Dulce Araújo - Cidade do Vaticano
Segundo a Revista dos peritos sobre a terapia anti-infecciosa “Daqui até ao ano 2030, o cancro do colo do útero poderá causar a morte de 443 mil mulheres no mundo, a maior parte das quais na África subsaariana”.
Esta tendência é igualmente confirmada pelo Centro do Vírus Papiloma Humano (VPH) o qual sublinha que o cancro do colo do útero é o mais frequente nas mulheres no Malawi, no Quénia, na Zâmbia e no Zimbabwe e o segundo na África do Sul. Ainda segundo o VPH, citado pela agencia noticiosa Ecofin, o aumento da incidência do cancro do colo do útero em África, poderá levar a um retrocesso dos progressos obtidos na redução da mortalidade materna e na longevidade.
Doença não transmissível, o cancro do colo do útero pode ser potencialmente evitado e novas estratégias de intervenção com vista na sua eliminação enquanto problema de saúde deveriam ser postas em acto com urgência – sublinha a agencia Ecofin.
Caso do Gabão
De salientar que no Gabão, a Fundação Silvia Bongo Ondimba para a Família (FSBO) tem vindo, desde 2013 a empenhar-se na luta contra o cancro, particularmente do útero e da mama. O objectivo é reduzir a incidência e a mortalidade devido a estas doenças. Essa luta articula-se em volta de três pilares: a prevenção, o tratamento e o acompanhamento.
A FSBO está activa no terreno com acções de proximidade junto das populações; usa igualmente da sua liderança para fazer advocacia junto dos poderes públicos a fim de garantir a gratuidade dos actos de despistagem e de uma assistência de qualidade aos doentes de cancro, assim como também o acesso aos tratamentos a todos.
Graças a este esforço, reconhecido pela comunidade internacional, a FSBO tornou-se membro da “União para o Controlo do Cancro”, organismo internacional de ajuda a organizações do mundo inteiro que lutam contra o cancro.
A FSBO contra pôr de pé, ainda este ano, uma clínica itinerante para reforçar as despistagens e os diagnósticos dos cancros feminino através de todo o país.
Semana Africana de Vacinação
Este alarme sobre as previsões da difusão do cancro do útero no mundo e em África de modo particular vem à tona a poucos dias da “Semana Africana de Vacinação” a ter lugar de 23 a 29 deste mês de Abril.
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