”Fazer com que os angolanos sejam homens e mulheres de esperança"
Domingos Pinto - Lisboa
O Presidente angolano João Lourenço “ganhou pontos quando diz querer combater a corrução, o nepotismo, a impunidade”, diz ao portal da Santa Sé o arcebispo emérito da diocese angolana do Lubango.
Palavras de D. Zacarias Camuenho de passagem por Lisboa no regresso de Bruxelas onde participou no início de junho, com outros laureados, na conferência e exposição que assinalaram os 30 anos do Prémio "Sakharov”, e os 70 anos da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
Maior abertura à liberdade de expressão
Para o arcebispo emérito do Lubango, o Presidente de Angola “deu um certo pontapé de saída” na situação “em que se encontra o país há 42 anos”.
O prelado angolano, que saúda a possibilidade legal da Rádio Ecclesia ser ouvida em mais regiões do país, fala de uma maior “abertura à liberdade de expressão”, e de “outros comprometimentos do Presidente durante a campanha eleitoral, que também foram significativos”, mas deixa algumas preocupações.
Jovens, desemprego e pobreza
Destaca neste contexto o desemprego, “as cadeias cheias de jovens”, e a “falta de divisas”, e neste sentido, “a fome, é claro que volte, porque as coisas não se obtêm sem dinheiro”.
Formar consciências, luta pelos direitos humanos
Já sobre as prioridades da igreja angolana, o arcebispo emérito do Lubango aponta “a formação das consciências”, ou seja, “ajudar os nossos sacerdotes, os que estão na evangelização direta, a serem evangelizadores”.
D. Zacarias Camuenho destaca ainda a importância da luta pelos direitos humanos, fazendo votos para que “haja esforço para que sejam respeitados” em todo mundo, uma preocupação que exemplifica com os casos de Angola e da Guiné-Equatorial.
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