Serra Leoa. Bispos: "Queremos colaborar com o novo governo"
Vatican News - Cidade do Vaticano
Perspectivas novas no governo nacional
No início de abril, o ex-opositor Julius Maada Bio assumiu o cargo de novo Chefe de Estado, provocando esperanças de mudança entre a população provada pela epidemia de Ébola de 2016. "O governo recém-instalado oferece contudo novas perspectivas à população - destaca o Prelado. Em particular, o projecto principal do governo é garantir o ensino primário e secundário gratuitos a partir do próximo ano lectivo que inicia em setembro ". Daí o desejo de Dom Campbell: "Só estamos à espera que o projeto decole, mas ao mesmo tempo queremos avaliar cuidadosamente o que o governo pretende fazer sobretudo em relação à Igreja, porque muitas escolas são católicas".
O empenho dos missionários
"Graças aos esforços dos missionários, de facto - explica o prelado - a Igreja Católica tem numerosas escolas que pretendemos manter em espírito de colaboração com o governo. Como Igreja, não nos sentimos excluídos dos projetos educacionais do governo, mas é preciso fazer mais para fortalecer a colaboração com as instituições do Estado, porque a educação é um sector fundamental no desenvolvimento de qualquer nação". "Por outro lado - acrescenta Dom Campbell - queremos preservar o esplêndido legado deixado pelos missionários, que fizeram um excelente trabalho através das escolas. Alguns dos nossos sacerdotes vêm de famílias muçulmanas, mas estudaram nas escolas católicas, onde receberam livremente o batismo.
Relacionamento com o Islão
Sobre as relações inter-religiosas com o islamismo local, o arcebispo Campbell afirma: "Estamos felizes de constatar que neste momento prevalece uma forte tolerância religiosa no nosso País que favorece o diálogo inter-religioso e a colaboração entre cristãos e muçulmanos". No entanto, a Igreja exprime preocupação com "a difusão da sociedade Tabligh, que prega uma forma de Islão diferente daquilo que conhecemos": "Os seus pregadores – conclui o Arcebispo – vindos do exterior, estão recrutando jovens muçulmanos locais, graças também a uma certa disponibilidade de dinheiro, para doutriná-los a uma visão intolerante e extremista da sua fé ". (Agência Fides)
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