Comunicação na Igreja em Cabo Verde precisa de novas energias
Dulce Araújo - Cidade do Vaticano
O P. José Álvaro Borja estudou Comunicação Social em Roma nos anos 90 e quando voltou para Cabo Verde em 2009, depois de alguns anos de serviço como missionário em Boston, junto da comunidade cabo-verdiana, o Bispo da Diocese de Santiago confiou-lhe a coordenação do Secretariado para a Comunicação Social. Isto ao lado de várias outras tarefas importantes como a reitoria do Seminário de São José. Foi, de facto, para um curso sobre a formação de padres que veio a Roma recentemente.
A nossa Emissora aproveitou para falar com ele de vários assuntos, entre os quais a situação da comunicação social na e pela Igreja em Cabo Verde.
Situação não é tão má, mas precisa de novo dinamismo
Depois de elencar as diversas formas de comunicação que a Igreja tem ou em que está presente – sítio web, programas na Rádio nacional, missa na TV, folhetos paroquiais, etc., e mesmo mais comunicação entre os padres através de redes nos novos media, o P. Zé, considera que a situação não é assim tão mal, mas que é preciso um novo dinamismo, para o qual faltam, todavia, meios humanos e materiais. Quanto a ele acha “que já deu o que tinha a dar” e anseia para que cheguem novas energias, o que permitiria dar maior atenção ao sector.
A Igreja no país – sublinha - tem bem clara a ideia de que é preciso investir mais no sector da comunicação social. Já se chegou mesmo a fazer um grande projecto juntamente com a “Canção Nova” do Brasil, mas as coisas andam devagar. É “preciso acelerar o processo” para que a Igreja possa dar respostas novas e atempadas aos desafios da comunicação que se lhe colocam no país.
A música religiosa, uma grande paixão
Apaixonado pela música religiosa, que tem cultivado num espírito de inculturação, o P. Zé já tem diversos álbuns publicados. E gostaria de continuar nessa senda, mas as diversas tarefas que tem de desempenhar não lho permitem. Regozija-se, contudo, por ver que há outros padres que estão a fazer música “e cada vez com mais qualidade”. E quem sabe que um dia não se possa fazer disso “um ministério”, pois “o sentir do povo, dos jovens, apontam para isso.” Seja como for, “a musica tem um poder tal, que é preciso vê-la como um instrumento de comunicação” - remata.
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