No Mali, candidato da oposição denuncia fraudes
Blandine Hugonnet – Cidade do Vaticano
Poucos dias depois da segunda volta das eleições presidenciais, e perante os seus activistas, Soumaila Cissé lançou um apelo a todos os malianos para se levantarem contra a "ditadura da fraude". Para esta figura da oposição, ex-ministro das Finanças, o seu partido havia sido creditado com mais de 51% dos votos à saída das urnas, no domingo. Mas ele acusa o poder de sabotar o sistema que permite a contagem dos votos. No local, jornalistas estrangeiros constataram, aliás, que relatórios eleitorais foram pré-compilados e assinados antes do fim da votação em algumas assembleias de voto na capital.
Segunda volta de eleições em melhores condições
No entanto, a segunda volta da votação decorreu em melhores condições que a primeira, no fim de julho – foi o que garantiram os serviços de segurança do Mali, que empregaram mais 6 mil soldados. Apenas 2% das assembleias de voto não puderam abrir no domingo, ou seja metade a menos que no dia 29 de julho, principalmente na região de Mopti, no centro, e em Timbuktu, no norte. Duas áreas que sempre são atingidas pela violência relacionada com grupos jihadistas.
A questão da segurança
A segurança no Mali e no Sael é uma das principais questões desta eleição presidencial. Aliás, qualquer que seja o nome que sairá das urnas, o vencedor que tomará posse no início de setembro terá o mesmo peso para carregar – o peso de relançar um acordo de paz concluído em 2015 com a antiga rebelião Tuareg no norte do país.
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