Bispos condenam atropelos ao Acordo de Paz assinado em Roma
Hermínio José - Maputo
A carta pastoral dos Bispos de Moçambique é divulgada numa altura em que se avizinham as eleições autárquicas de 10 outubro próximo em todo o País.
Numa colectiva de imprensa, havida na manhã desta sexta-feira em Maputo, o presidente da Conferência Episcopal de Moçambique, Dom Francisco Chimoio, vincou que o presente ciclo governativo foi marcado por momentos menos gloriosos para o povo moçambicano e para a democracia de Moçambique.
Tensão político-militar trouxe incertezas para o futuro do País
Moçambique viveu recentemente uma tensão político-militar, situação resultante do contencioso eleitoral de 2014, cujos resultados foram contestados pela Renamo, o maior partido da oposição no País. Dom Francisco Chimoio, afirma que este litígio entre o Governo e a Renamo deu origem a uma situação de incerteza sobre o futuro de Moçambique.
Bispos condenam atropelos ao Acordo Geral de Paz
Ainda de acordo com o Presidente da Conferência Episcopal de Moçambique são vários os episódios que marcaram o presente ciclo governativo em Moçambique, caracterizados por grandes atropelos dos Acordos de Roma de 1992 que puseram fim à guerra civil de 16 anos no País.
O prelado refere que a política não deve ser vista como uma forma de enganar o povo, mas sim de bem servi-lo.
Entretanto, na esteira das próximas eleições autárquicas de 10 de outubro, o presidente da Conferência Episcopal de Moçambique exorta os moçambicanos a votar, exercendo o seu direito cívico.
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