Guiné-Bissau: PNUD entrega material eleitoral à CNE
Indira Correia Baldé – Bissau, Guiné-Bissau
O conjunto é constituído de 440 urnas de votação, 3 mil 100 cabines de votação mais do que previsto para votação, 11 mil 542 frascos de tinta indelével e 3 mil 100 consumíveis para mesas de votação.
A aquisição do material foi feita com contribuições do governo da Guiné-Bissau, PNUD, Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), os Estados Unidos da América, a Itália, a Guiné- Equatorial e o Japão.
A CNE está preparada do ponto de vista material
O Representante do PNUD na Guiné-Bissau disse na entrega dos materiais que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) está “preparada do ponto de vista material para a realização de eleições de 10 de março de 2019”.
Gabriel Dava afirmou que restam apenas os materiais eleitorais ”sensíveis” nomeadamente os “ boletins de voto” que serão fornecidos por outros parceiros, neste caso Portugal.
O Diplomata da ONU avançou que “o acto encoraja os cidadãos em geral e a classe política para se prepararem rapidamente para o acto que se vai seguir (Eleições).
O respeito pelas leis é essencial em qualquer democracia
O Coordenador do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau considerou ”normal“ uma certa tensão política em processos eleitorais, mas pediu que isso não deve impedir os actores políticos de se concentrar naquilo que é realmente essencial e de respeitar as normas previstas na lei da Guiné-Bissau.
David McLachlan-Karr sublinhou “o respeito pelas leis é essencial em qualquer democracia e estado de direito”. Mais adiante afiançou que “só isso pode gerar a necessária confiança entre cidadãos e instituições”.
“Sem o mínimo de confiança não é possível estabelecermos contratos, fazermos negócios enfim não é possível vivermos em sociedade e avançar para o desenvolvimento”.
Assim o Coordenador do Sistema das Nações Unidas “apela todos os guineenses e em particular aos líderes políticos que trabalhem em conjunto assumindo as suas responsabilidades para encontrarem formas de restabelecer confiança e avançar para as eleições”.
O australiano ao serviço das Nações Unidas garantiu que a instituição vai continuar a apoiar a Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau vai às eleições legislativas após uma longa crise política que originou a queda em 2015 do governo constitucional.
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