RDC: Observadores dos Bispos divulgam seu relatório sobre as eleições
Cidade do Vaticano
A pressão está a aumentar sobre a Comissão Nacional Eleitoral Independente (CENI) da República Democrática do Congo. Na sexta-feira, 4 de janeiro, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, disse que era "crucial" que os resultados das eleições gerais de 30 de dezembro sejam respeitados pelas autoridades.
Relatórios de 40 mil observadores espelhados pelo País
Por seu lado, os bispos congoleses deram a conhecer, na quinta-feira, o relatório da sua missão de observação sobre o andamento do escrutínio. Eles tiraram uma série de conclusões com base nos relatórios dos 40 mil observadores espalhados no dia da votação por todo o País e os 1.000 observadores de longo prazo que já estiveram estacionados por várias semanas nalgumas cidades e territórios.
Trabalho da CENI e determinação dos Congoleses
Antes de tudo, manifesta-se o reconhecimento do trabalho realizado pela CENI, a comissão eleitoral. Mas também a "determinação dos eleitores que se mobilizaram maciçamente para cumprir o seu dever cívico". Para os bispos, "o povo congolês de facto respondeu muito bem ao encontro da sua história com toda a responsabilidade”.
Irregularidades não comprometem escolha dos Congoleses
Num contexto marcado por vários incidentes, a missão de observação dos bispos destaca um facto decisivo: "as irregularidades observadas não puderam comprometer consideravelmente a escolha que o povo congolês exprimiu claramente nas urnas". Eles antecipam deste modo qualquer questionamento do resultado final da votação, um resultado que eles afirmam já conhecê-lo.
Profundamente convencidos disso, os bispos apelam à CENI a publicar, "com toda a responsabilidade, os resultados das eleições no respeito da verdade e da justiça". O desafio está aqui: devemos evitar qualquer manipulação pós-eleitoral dos resultados.
Precauções para evitar qualquer manipulação pós-eleitoral
Eis porque a missão de observação propõe à CENI de "apenas ter em consideração os resultados obtidos pela contagem manual", de se assegurar da presença dos observadores para a continuação das operações, e de "publicar os resultados assembleia de voto por assembleia de voto". Tanta precaução para que a escolha dos Congoleses não seja roubada e os candidatos aceitem o veredicto das urnas.
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