Eleições gerais na África do Sul. Bispos: “voto seja pacífico e livre”
Cidade do Vaticano
Um apelo por eleições "pacíficas, livres e transparentes" e um apelo "à oração": ao longo destes dois eixos se desenvolve a Carta Pastoral dos Bispos sul-africanos, publicada em vista das eleições gerais marcadas para o próximo 8 de maio. Os bispos redigiram o documento em Mariannhill durante a Assembléia Plenária.
Escolher líderes que promovam o bem comum
Em primeiro lugar, os bispos definem "imperativo" o exercício do direito de voto de forma "sábia e corajosa, sem deixar-se distrair por falsas promessas", olhando para os líderes capazes de "promover o bem comum e viver a Constituição à luz do Evangelho". Daí a exortação aos eleitores a se fazerem algumas perguntas antes de entrarem na urna, como por exemplo: quem, de entre os candidatos, poderá efectivamente erradicar a corrupção, enfrentar os temas do desemprego e da pobreza e reduzir drasticamente o nível de violência perpetrada na população, em particular mulheres e crianças. Em síntese, sublinham os bispos, trata-se de escolher líderes que sejam capazes de "proteger a democracia" e fazer com que os cidadãos se sintam "orgulhosos de serem sul-africanos”.
Não a violências e intimidações
Em seguida – prossegue o documento – é essencial a criação de “um ambiente tolerante, que permita a cada sul-africano de apoiar e votar no partido escolhido, sem receio de violência e retaliações”. Por isso, recordando a responsabilidade do Estado de "garantir a segurança de todos", os prelados exortam os partidos políticos a evitar as intimidações, tomando medidas decisivas contra os que as cometessem, bem como a "respeitar os resultados eleitorais", assegurando também o respeito da lei.
O papel dos mass-media
Da mesma forma, também os meios de comunicação de massa são instados pela Igreja da África do Sul a "fugir do sensacionalismo" e a "relatar os eventos de maneira apropriada e responsável, para o bem de todos". Nesta perspectiva, vem enfim o apelo à oração lançado pelos bispos, que sugerem uma oração em que se implora do Pai o respeito pela lei, a humildade do serviço, a esperança para os pobres, a unidade da população, a paz e a segurança para as crianças.
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