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Efeitos do Ciclone Idai na Beira, Moçambique Efeitos do Ciclone Idai na Beira, Moçambique 

Moçambique: "Ciclone pode ter feito mais de 1.000 mortos no país": Presidente Nyusi

O Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, após ter sobrevoado algumas regiões afectadas pelo Ciclone Idai, há dias, falou à nação moçambicana, tendo na ocasião dado a conhecer as novas estatísticas sobre o número de mortos causados pelo ciclone Idai.

Hermínio José – Maputo, Moçambique

De acordo com informações avançadas pelo Chefe de Estado moçambicano, são contabilizados até ao momento mais de 84 mortos. No entanto, a situação é ainda mais grave: “Tudo indica que poderemos registar mais de 1000 óbitos”, disse o PR, acrescentando que mais de 100 mil pessoas correm risco de vida.

Oiça aqui a reportagem:

O estadista informou ainda que a ponte sobre o Rio Buzi ficou destruída, isolando os distritos de Búzi, Chibabava, Muanza, em Sofala, e o distrito de Mossurize, em Manica, do resto do país.

Preocupação do Governo é salvar vidas humanas

Nyusi disse que a preocupação do Governo é de salvar vidas humanas, sem acusações nem desculpas. As Forças de Defesa e Segurança estão na Beira com meios marítimos e aéreos para ajudar a salvar vidas.

Para assegurar a rápida assistência humanitária o Governo mobilizou vários meios aéreos.

“Foi igualmente mobilizado um navio cargueiro para seguir ao porto da Beira e contamos ainda com outros apoios que estão a ser mobilizados interna e externamente”, disse o estadista.

Comunidade Internacional presta ajuda humanitária

Entretanto, após o Presidente da República ter anunciado o pedido de ajuda humanitária nacional e internacional, chegam a Moçambique donativos as famílias e regiões afectadas para socorrer as vítimas.

Devido ao Ciclone Idai que afectou o país, o Governo indiano decidiu desviar três navios  para a cidade portuária da Beira, para prestar assistência imediata e auxiliar os afectados.

Os navios estão carregados de de alimentos, roupa e medicamentos, e estão a bordo três médicos e cinco enfermeiros para prestar assistência médica imediata.

Por sua vez, o Programa Mundial da Alimentação (PMA), agência das Nações Unidas, continua a prestar apoio logístico para responder as consequências do ciclone Idai e as cheias que continuam assolar Moçambique.

As declarações foram feitas em Maputo, pela representante do PMA, a agência que coordena a resposta humanitária das Nações Unidas no país. Karin Manente diz haver necessidade de mais recursos nos próximos dias.

Classe empresarial nacional lança campanha de solidariedade

Internamente, vários segmentos arrancaram com as suas campanhas de solidariedade, a classe empresarial, através da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) lançou nesta terça-feira uma campanha de angariação de donativos para apoiar as milhares de famílias afectadas pela depressão tropical Idai e pelas cheias assolam algumas regiões do centro de Moçambique.

De salientar que o Presidente da República, Filipe Nyusi, congratula a ajuda humanitária de dentro e fora do país. O estadista explica que a ajuda nao se trata de nenhuma troca, porque Moçambique ajuda os outros quando estão em situação difícil.

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19 março 2019, 13:53