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Hospital Central Dr. Ayres de Menezes, em São Tomé e Príncipe Hospital Central Dr. Ayres de Menezes, em São Tomé e Príncipe 

Falta de humanização aumenta mortalidade em São Tomé e Príncipe

Em São Tomé e Príncipe a falta da humanização nos centros hospitalares está na base do elevado índice de mortalidade no país – é a conclusão de uma profunda investigação feita pela investigadora em Comunicação da Saúde, Isabel Santiago.

Melba A. De Ceita – Rádio Jubilar, São Tomé e Príncipe

Humanização é a acção ou efeito de humanizar, de tornar humano ou mais humano, tornar benévolo, tornar afável; é um processo que pode ocorrer em várias áreas, como Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exactas, dentre outras. É um termo constantemente empregado no ambito da saúde.

Oiça aqui a reportagem:

É na saúde que a humanização deve ser verdadeiramente vivida, no caso concreto de São Tomé e Príncipe ela  apenas fica numa simple palavra. Em outras palavras podemos dizer que nos serviços de saúde, a nível de São Tomé, não existe a humanização.

Má prestação clínica e médicos não capacitados

A confirmação é da Investigadora em Comunicação da Saúde, Isabel  Santiago, que adianta por outro lado que o serviço de saúde prestado pelos enfermeiros e médicos é desumanização, e também se chama a má prestação clínica, e que os médicos não  estão capacitados, trata-se de gozar com as pessoas mais desfavorecidas do País.

A Isabel  Santiago chega mais longe dizendo que o que está na base dessa desumanização, é incompetência de quem dirige o sector da saúde em São Tomé e Príncipe.

“Há necessidade de haver uma manifestação defronte ao gabinete do primeiro Ministro de modo a despertá-lo sobre a incompetência de alguns membros do seu governo”, defende Isabel Santiago.

Melhoria no acesso a cuidados básicos

Esta declaração de Isabel Santiango foi feita numa altura em que o Ministro da Saúde Edigar Neves, no seu discuro em alusão ao dia Mundial da Saúde  que se  comemorou recentemente, afirmou que  há  melhoria nos acessos e cuidados básicos da saúde.

Especificando estas melhorias, Edigar Neves diz que nas estratégias adoptadas em 2001, houve a redução de mortalidade por paludismo, a epidimia do HIV–Sida, e  houve uma redução da prevalência de 1,5 em 2008 para 0,5 em 2014, e da mesma forma com a Tuberculose.

Cuidados da mãe e da criança amplamente distribuídos

Os cuidados da mãe e da criança estão amplamente distribuidos pelo País, garantindo um serviço social que proporcina um bom desenvolvimento da criança até aos 5 anos de idade. Cobertura vacinal para todos ante-genio é superior  a 90, a probabilidade das meninas sofrerem com o cancro do colo  do útero começa a reduzir com a introdução em 2017 da vacina contra o vírus que provoca a referida doença. Mais de 80% da população alcança um posto ou centro de saúde em qualquer lugar que esteja.

De salientar que o acesso aos cuidados de saúde em São Tomé e Príncipe é um direito fundamental garantido pela Constituição.

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13 abril 2019, 10:47