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2019.06.13 Dr. Domingos das Neves, Dr. Celso Malavoloneke e Dr. Guilherme Santos Programma Portoghese 2019.06.13 Dr. Domingos das Neves, Dr. Celso Malavoloneke e Dr. Guilherme Santos Programma Portoghese 

Angola - Ainda há bastante discriminação dos albinos

Hoje é Dia Mundial de Consciencialização sobre o Albinismo. Em Angola aumentam os níveis de vulnerabilidade dos portadores do Albinismo dadas as condições meteorológicas e sociais, no país, aliada ao preconceito que agudiza o nível de dificuldades no seio dessa franja.

Anastácio Sasembele - Luanda

Celebrado pela primeira vez em 2015, o dia foi proclamado pela ONU, para divulgar informação sobre o albinismo e para evitar a discriminação aos albinos, combatendo ao mesmo tempo a sua perseguição.

O albinismo pode afectar pessoas de todas as raças. Contudo, em África o albinismo é mais frequente e problemático. Dados da ONU mencionam que centenas de pessoas com albinismo, na sua maioria crianças, foram atacadas, mutiladas ou mortas em pelo menos 25 países africanos.

Em Angola, infelizmente, a discriminação e até perseguição dos albinos continuam a ser práticas recorrentes, e em muitos casos a discriminação começa na família, como revelou a cidadã albina, Bem – Vinda Esperança, que disse haver no país casos de albinos que são recusados pelas próprias famílias, chegando, por isso, a não ter uma casa para morar.

"Entre os vários casos registados, há o de seu irmão, também albino, que teve de deixar a namorada porque a sogra prometeu suicidar – se caso a namorada formasse uma família com o seu irmão”.

Para além da discriminação, a pobreza em alguns casos, agudiza ainda mais as dificuldades desta franja da sociedade angolana, Victória Bamba é outra cidadã albina, residente na província de Luanda, num cenário de extrema pobreza demonstrou um rosto triste, com a vida rodeada de vários problemas.

Guilherme Santos, cidadão albino e porta – voz do movimento Pró – albino em Angola considerou imperioso a existência de políticas públicas sociais que tenham em consideração a problemática do albinismo.

Os albinos, em Angola, querem beneficiar de consultas grátis junto das unidades hospitalares públicas, para impedir que continuem a contrair doenças da pele. Ainda sobre questões de saúde as preocupações maiores focam – se nas consultas de dermatologia, uma necessidade premente para protecção da pele. Quanto as consultas de oftalmologia, Guilherme Santos, falou de um acordo firmado entre a associação que dirige e uma óptica. Este acordo, segundo o responsável, traduz – se na consulta a pessoas albinas com dificuldades financeiras.

Se tivermos que medir, em Angola, os albinos ainda sofrem discriminação na ordem dos 50 por cento, segundo dados da Associação nacional de albinismo.

Oiça

 

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13 junho 2019, 18:07