Moçambique: Governo e Renamo assinam acordo de Paz e Reconciliação Nacional
Hermínio José – Maputo, Moçambique
De acordo com Filipe Nyusi, o acordo ora assinaado é sinónimo da celebração da concórdia. Nyusi afirmou que a paz duradoura implica eliminação de factores que geram conflitos, o que envolve a participação de todos.
“Queremos assentar a nossa marcha rumo à paz definitiva”, afirmou Nyusi, realçando que este é o primeiro acordo de paz de Moçambique resultado de uma negociação directa entre o Governo e a Renamo, o qual dissipou desconfianças e criou ambiente de compreensão entre as partes envolvidas, disse o Presidente Nyusi.
Respeito pelas diferenças
O Estadista moçambicano referiu que a construção da paz duradoira requer o respeito pelo plasmado na Lei e respeito pelas diferenças, e disse ainda que tem a certeza de que os moçambicanos vencerão com este acordo que deve capitalizar os aspectos positivos do Acordo Geral de Paz e do assinado em setembro de 2014, em Maputo.
“Com este acordo, estamos a dizer que poderemos entrar em desacordo, como é comum numa família. Mas, recorreremos sempre ao diálogo e Moçambique nunca mais deve ser teatro de guerra”, acrescentou o Chefe de Estado, Filipe Nyusi.
Renamo defende recurso ao diálogo
Por seu turno, o presidente da Renamo, Ossufo Momade, afirma que o aAcordo de Maputo significa que em momentos de desentendimento os moçambicanos podem encontrar no diálogo uma plataforma de resolver as suas diferenças.
“Com este acordo selamos o compromisso de manter a paz e a reconciliação nacional. Todos somos chamados a proteger estes valores importantes para manutenção do bem-estar dos moçambicanos”, afirmou Momade.
Acordo fruto de contacto directo entre moçambicanos
Para Mirko Manzoni, Embaixador da Suíça em Moçambique e igualmente presidente do Grupo de Contacto, no diálogo político entre o Governo e a Renamo, espera-se que este Acordo de Paz se efective, pois foi com base num contacto directo entre os moçambicanos.
De referir que o Acordo de Maputo, assinado nesta terça-feira, constitui na história de Moçambique, o terceiro acordo, assinado entre o Governo e a Renamo. Em 1992 foi assinado o Acordo Geral de Paz em Roma, em 2014 foi assinado o acordo de cessação das hostilidades militares e 6 de Agosto, em Maputo, foi assinado o Acordo de Paz e Reconciliação, entre o Governo e o maior partido da oposição no País, a Renamo.
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