“Papa em Moçambique, oportunidade para sermos Igreja mais profética": D. Diamantino
P. Bernardo Suate – Cidade do Vaticano
Em entrevista ao Vatican News, na última quarta-feira, 14, D. Diamantino falou de uma visita desde há muito tempo esperada e preparada. Na verdade, nas dioceses de Moçambique o povo tem feito orações pelo melhor éxito da visita do Papa a Moçambique, e sessões de estudo têm sido organizadas a diferentes níveis sobre a pessoa e mensagem do Papa Francisco e também catequeses sobre o significado do seu ministério petrino, disse D. Diamantino Antunes.
Muitos não poderão estar presentes em Maputo durante os dias da vsita papal, observou o Prelado, mas certamente farão tudo para acompanhar a visita através das novas tecnologias.
Presença do Papa ajudará a consolidar acordo de paz
A propósito do lema escolhido para esta visita, o Prelado falou do conflito político-militar em que o País tem vivido nas últimas décadas. A Igreja tem acompanhado sempre com interesse o processo de paz, destacou D. Diamantino, e espera que o acordo de cessação das hostilidades assinado recentemente entre o Governo e o maior Partido da oposição (Renamo) seja bem sucedido. “A presença do Papa Francisco e a sua mensagem de ‘esperança, paz e reconciliação’ ajudará a apaziguar os ánimos e a consolidar o acordo”, ressaltou D. Diamantino.
Confiança recíproca e respeito e respeito pelas regras eleitorais
O importante é que haja confiança entre as diferentes forças políticas no País e respeito pela regras eleitorais, frisou ainda o Prelado, tendo em vista as próximas eleições gerais em Moçambique no próximo dia 15 de outubro. “Só no respeito das regras eleitorais e com eleições livres e transparentes poderemos esperar uma paz definitiva no País”, enfatizou o Bispo.
Papa ajudará a superar traumas do País
D. Diamantino falou também do trauma dos desafios do País, em particular os ciclones que fustigaram o Centro e o Norte do País, e também o problema dos ataques armados na Província de Cabo Delgado, para o qual todo o País (católicos e povo em geral) espera que o Papa venha ajudar a superar. A visita de S. João Paulo II há pouco mais de trinta anos atrás também foi sinal de paz e reconciliação para o País que vivia em plena guerra civil, sublinhou o Prelado.
Igreja próxima no trabalho da reconstrução
O Bispo de Tete destacou, por último, o papel da Igreja “sempre próxima às populações afectadas”, na Beira e outras áreas fustigadas pela fúria destruidora dos ciclones, e no trabalho de reconstrução de casas e outras infraestruturas.
Que a mensagem do Papa no meio de nós encontre corações abertos e acolhedores, porque a sua presença é “uma oportunidade única e importantíssima que nos ajudará a todos nós, como Igreja, a sair dos nossos ambientes para ir em busca dos que estão distantes, dos que se afastaram da Igreja católica, dos que ainda não conhecem o Evangelho, e a sermos uma Igreja mais simples e mais profética” – concluiu dizendo D. Diamantino.
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