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D. Diamantino Antunes, Bispo de Tete, em Moçambique D. Diamantino Antunes, Bispo de Tete, em Moçambique 

“Papa em Moçambique, oportunidade para sermos Igreja mais profética": D. Diamantino

A presença do Santo Padre em Moçambique é uma oportunidade única e importantíssima que nos ajudará a todos nós, como Igreja, a sair para ir em busca dos que se afastaram da Igreja, dos que ainda não conhecem o Evangelho, e a sermos uma Igreja mais simples e mais profética, disse D. Diamantino Antunes, Bispo de Tete, em Moçambique, a propósito da visita de Francisco ao País nos dias 4 a 6 de setembro próximos.

P. Bernardo Suate – Cidade do Vaticano

Em entrevista ao Vatican News, na última quarta-feira, 14, D. Diamantino falou de uma visita desde há muito tempo esperada e preparada. Na verdade, nas dioceses de Moçambique o povo tem feito orações pelo melhor éxito da visita do Papa a Moçambique, e sessões de estudo têm sido organizadas a diferentes níveis sobre a pessoa e mensagem do Papa Francisco e também catequeses sobre o significado do seu ministério petrino, disse D. Diamantino Antunes.

Oiça aqui na íntegra entrevista com D. Diamantino Antunes

Muitos não poderão estar presentes em Maputo durante os dias da vsita papal, observou o Prelado, mas certamente farão tudo para acompanhar a visita através das novas tecnologias.

Presença do Papa ajudará a consolidar acordo de paz

A propósito do lema escolhido para esta visita, o Prelado falou do conflito político-militar em que o País tem vivido nas últimas décadas. A Igreja tem acompanhado sempre com interesse o processo de paz, destacou D. Diamantino, e espera que o acordo de cessação das hostilidades assinado recentemente entre o Governo e o maior Partido da oposição (Renamo) seja bem sucedido. “A presença do Papa Francisco e a sua mensagem de ‘esperança, paz e reconciliação’ ajudará a apaziguar os ánimos e a consolidar o acordo”, ressaltou D. Diamantino.

Confiança recíproca e respeito e respeito pelas regras eleitorais

O importante é que haja confiança entre as diferentes forças políticas no País e respeito pela regras eleitorais, frisou ainda o Prelado, tendo em vista as próximas eleições gerais em Moçambique no próximo dia 15 de outubro. “Só no respeito das regras eleitorais e com eleições livres e transparentes poderemos esperar uma paz definitiva no País”, enfatizou o Bispo.

Papa ajudará a superar traumas do País

D. Diamantino falou também do trauma dos desafios do País, em particular os ciclones que fustigaram o Centro e o Norte do País, e também o problema dos ataques armados na Província de Cabo Delgado, para o qual todo o País (católicos e povo em geral) espera que o Papa venha ajudar a superar. A visita de S. João Paulo II há pouco mais de trinta anos atrás também foi sinal de paz e reconciliação para o País que vivia em plena guerra civil, sublinhou o Prelado.

Igreja próxima no trabalho da reconstrução

O Bispo de Tete destacou, por último, o papel da Igreja “sempre próxima às populações afectadas”, na Beira e outras áreas fustigadas pela fúria destruidora dos ciclones, e no trabalho de reconstrução de casas e outras infraestruturas.

Que a mensagem do Papa no meio de nós encontre corações abertos e acolhedores, porque a sua presença é “uma oportunidade única e importantíssima que nos ajudará a todos nós, como Igreja, a sair dos nossos ambientes para ir em busca dos que estão distantes, dos que se afastaram da Igreja católica, dos que ainda não conhecem o Evangelho, e a sermos uma Igreja mais simples e mais profética” – concluiu dizendo D. Diamantino.

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16 agosto 2019, 15:15