Cabo Verde: violência doméstica diminuiu entre 2005 e 2018
Dulce Araújo (com Rádio Nova)
Segundo o coordenador do Inquérito, Orlando Monteiro, a taxa caiu de 21 para 11%, sendo que a maior prevalência de vítimas está no grupo das mulheres divorciadas/separadas ou viúvas e mulheres que tem um emprego remunerado e as com o nível de ensino básico.
Neste terceiro inquérito foi introduzido um item novo que tem a ver com a violência sexual e os dados segundo Orlando Monteiro, mostram que 5,8% das mulheres sofreram este tipo de violência desde os 15 anos de idade.
O estudo aponta também que 53% das vítimas de agressão nunca procurou ajuda e nunca falou a alguém.
Para a presidente do ICIEG, Instituto Cabo-verdiano de Igualdade e Equidade de Género, Rosana Almeida, são dados que vão permitir à instituição ter o 5º Plano Nacional de Igualdade de Género (PNIG 5), muito mais robusto e muito mais consistente.
No total foram entrevistadas 2.355 mulheres da faixa etária 15-49 anos, selecionadas aleatoriamente na metade dos agregados da amostra do inquérito.
Neste 3º IDSR (Inquérito Demográfico de Saúde Reprodutiva) foi ainda introduzido o item de homens vítimas de violência física. E neste particular o coordenador do INE adiantou que os homens não foram envolvidos, tendo as questões sido direccionadas às próprias mulheres.
9% das mulheres declararam que em algum momento das suas vidas viram a mãe a agredir o pai e 6,2% declararam que viram a mãe a agredir o pai nos últimos meses antes do inquérito.
(Rádio Nova - Emissora cristã de Cabo Verde)
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