Não silenciar nunca a voz da paz – Cardeal Philipe Ouédraogo
Dulce Araújo - Cidade do Vaticano
O encontro teve lugar de 11 a 13 deste mês em Nova Iorque, nos Estados Unidos . O objectivo era compreender de que modo as religiões podem estar na base da paz no mundo e contribuir para a reconciliação global.
“A cooperação a nível nacional, antes de mais entre as próprias instituições religiosas e depois entre as religiões e as instituições estatais, é um requisito essencial para uma paz verdadeira e duradoura em todos os países do mundo – disse o Cardeal burkina-bê. Ele exprimiu apreço pelo empenho da organização “Religiões para a Paz” na promoção de condições para que os povos na sua diversa identidade, fé e cultura, possam viver em harmonia e liberdade, livre de qualquer discriminação ou perseguição. “As religiões podem trazer a paz” – concluiu o arcebispo, exortando a promover em todos os países do mundo, “estruturas a favor do diálogo inter-religioso”.
Recorde-se que o Burkina-Faso tem passado nos últimos tempos por ataques de grupos jihadistas activos na região do Sahel. O mais recente ataque foi a uma igreja protestante, em que catorze pessoas, entre a quais algumas crianças, perderam a vida.
Um precedente atentado a 7 de novembro tinha provocado a morte de dezenas de pessoas, tanto é que o Papa Francisco, no Audiência geral do dia 13 exprimiu a sua mágoa e rezou pela paz naquele país africano. “Lanço um apelo a fim de que não falte a protecção aos mais vulneráveis – disse o Papa nessa ocasião em que encorajou as autoridades civis e religiosas e pessoas de boa vontade a multiplicar os esforços no espírito do Documento de Abu Dabi sobre a Fraternidade Humana, documento que estimula a promover o diálogo inter-religioso e a concórdia entre os povos.
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