Massacre de 52 jovens em C. Delgado: são mártires pela paz, diz D. Luiz Lisboa
Hermínio José – Maputo, Moçambique
O grupo autodominado Estado Islâmico que tem protagonizado ataques em Cabo Delgado, já há dois anos e meio, executou os 52 jovens alegadamente porque se recusaram fazer parte das fileiras dos insuregentes, confirmou nesta segunda-feira, a Polícia moçambicana.
Segundo as autoridades policiais, as execuções ocorreram no dia 8 de abril, na aldeia de Xitaxi, quando o grupo armado tentava recrutar jovens no distrito de Muidumbe, onde há dias foi sacudido por intensos ataques à bases militares e infra-estruturas diversas.
“Os jovens que estavam para ser recrutados ofereceram resistência, o que provocou a ira dos atacantes, que indiscriminadamente balearam mortalmente 52 jovens”, explicou Orlando Modumane, porta-voz da Polícia, em declarações à Lusa.
52 jovens mortos: verdadeiros “mártires pela paz”
Entretanto, a Igreja em Cabo Delgado classifica esta operação de massacre, pois os jovens, na sua maioria cristãos não quiseram engrossar as fileiras dos insurgentes que matam e destroem em Cabo Delgado, desde finais de 2017.
Dom Luiz Fernando Lisboa, Bispo de Pemba, em entrevista telefónica ao Vatican News, lamenta a tragédia e considera os jovens executados de “verdadeiros mártires”.
Solidariedade do Bispo de Pemba para com as famílias enlutadas
O Bispo de Pemba deixa mensagem de proximidade e solidariedade às famílias afectadas e enlutadas e recomenda aos fiéis que coloquem nas suas orações os 52 jovens severamente assassinados, os quais classifica de “mártires pela Paz”.
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