Nigéria. D. Kaigama: Corrupção e injustiças sociais alimentam pobreza e violência no País
Cidade do Vaticano
"Não é segredo para ninguém que um dos maiores problemas que enfrentamos hoje na Nigéria é a ganância e que a ganância leva à corrupção", disse o Prelado na homilia citada pela agência Cisa. Se aqueles que comandam, no Governo, nas comunidades tribais ou religiosas, tivessem feito o seu trabalho com diligência e temor de Deus, sem demonstrar arrogância e ostentar a sua origem famíliar, pertença tribal ou religiosa, não teríamos o triste primado mundial do mais elevado número de pessoas que vivem em extrema pobreza”.
"A pobreza generalizada no nosso País deve-se em grande parte à incapacidade de garantir a justiça social, que é também a razão pela qual a paz nos escapa, mesmo que rezemos por ela", disse o arcebispo Kaigama. Tudo isso explica também porque testemunhamos a proliferação de males como roubos, sequestros, a desonestidade, a prostituição, a fuga de cérebros, a emigração ilegal".
Referindo-se aos episódios de açambarcamento e roubo de medicamentos, alimentos e outros apoios destinados a pessoas mais necessitadas e que se verificaram nestas semanas de emergência do Coronavírus, o Prelado observou, embora condenando-os, que a pobreza produz este resultado: "A incapacidade de reconhecer as necessidades dos pobres e de estar atento e sensível às suas necessidades lança as bases da violência", enfatizou D. Kaigama.
O arcebispo recordou, mais uma vez, as responsabilidades dos líderes políticos nigerianos: "É triste que, depois de terem sido eleitos, muitos líderes logo se esqueçam do seu eleitorado. Eles deveriam mostrar amor pelos mais necessitados", concluiu.
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