Angola. Coronavirus: Bispos da CEAST questionam interdição da actividade religiosa em Luanda
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
Em mensagem dirigida aos sacerdotes, religiosos e religiosas e aos fiéis diocesanos, os Bispos da Arquidiocese de Luanda e dioceses de Viana e Caxito, neste momento de provação física, por causa da pandemia da Covid-9, esperavam ver no novo decreto presidencial, que actualiza as medidas decretadas no âmbito da situação de calamidade pública, reconsiderada a deliberação de interdição do culto público dos fiéis, o que infelizmente não ocorreu.
Nos termos do Decreto Presidencial sobre as novas modalidades de convivência”, e em virtude da contínua cerca sanitária, a actividade religiosa, em especial os cultos, nestas dioceses (Luanda, Viana e Caxito), com casos positivos, mantém-se encerrada, ao contrário das demais dioceses que prosseguem com as suas acções, com o limite máximo de 150 pessoas no interior dos templos.
“Notamos com estranheza e apreensão a desproporcionalidade de medidas quando se mantêm em funcionamento na província de Luanda o comércio de bens e serviços, restaurantes e similares, mercados e venda ambulante”, lê-se na mensagem dos Bispos apresentada pelo Secretário Executivo da CEAST, Padre Correia Hilário.
“Desde o início da declaração da pandemia, com a finalidade de cuidar a vida e a saúde espiritual de todos os fiéis, a CEAST preparou um protocolo com as medidas de biossegurança a serem observadas nas celebrações litúrgicas, reuniões e demais actividades nas paróquias, que de longe ultrapassa o que observamos diariamente nos mercados, grandes superfícies comerciais, transportes públicos e outros”, acrescentam os Bispos.
Nos últimos tempos o quadro epidemiológico nacional tem registado um crescente aumento de casos positivos e mortes. Das 18 províncias de Angola apenas quatro não registaram casos positivos de Covid-19, numa altura em que Angola soma mil e 762 casos infectados confirmados, dos quais 1.105 activos, 577 recuperados e 80 óbitos.
As autoridades sanitárias e a sociedade civil intensificam acções de combate e prevenção da doença.
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