Paz em Moçambique: diálogo, reconciliação e inclusão, na receita dos Bispos
Hermínio José – Maputo, Moçambique
O acordo assinado em 6 de Agosto de 2019, também designado por “Acordo de Maputo”, tinha entre outros objectivos, o de pôr termo à tensão político-militar no País, sobretudo na região central de Moçambique.
Entretanto, um ano depois, o acordo de Paz e Reconciliação é marcado por recorrentes violações com ataques armados a alvos civis nas províncias de Sofala e Manica. Os ataques armados são também uma outra ameaça à paz e estabilidade no País.
Diálogo, inclusão e redução das assimetrias
Com efeito, a Igreja em Moçambique defende a manutenção da paz, sendo por isso vital, a via do diálogo para sair de qualquer que seja o diferendo. D. João Carlos Hatoa Nunes, Bispo da Diocese de Chimoio (no centro de Moçambique), defende a inclusão e a redução das assimetrias que existem no País, facto que de certa forma gera descontentamentos.
“Paz é fruto da reconciliação”, D. Luiz Fernando Lisboa
Para o Bispo de Pemba, em Cabo Delgado, norte de Moçambique, a paz é fruto da reconciliação. E em Moçambique, acrescenta D. Luiz Lisboa, ainda não há reconciliação e a paz está severamente afectada pela violência armada.
“A Paz é um bem comum, e depende de todos nós”, sublinha ainda o Bispo de Chimoio e porta-voz da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), D. João Carlos.
Acordo de Maputo e o DDR
De referir que, como fruto do “Acordo de Maputo”, está em curso no País o processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens armados da Renamo e existem oficiais da Renamo incorporados nas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas.
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