CPLP: Pandemia não vai atrasar mobilidade já “consensualizada “

Domingos Pinto – Lisboa

O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, país que detém a presidência rotativa da CPLP, afirma que a pandemia de covid-19 não vai atrasar a mobilidade na comunidade lusófona, salientando que “o documento já está consensualizado, o que é mais importante”.

Declarações por videoconferência de Luís Filipe Tavares aos jornalistas, a partir da cidade da Praia no passado dia 28 de setembro, depois de uma reunião informal do Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A reunião virtual dos chefes da diplomacia da CPLP foi realizada à margem da 75.ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que este ano também decorre em formato de teleconferência devido à pandemia da covid-19.

Anualmente, os chefes da diplomacia da CPLP aproveitam a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, para se reunirem informalmente e discutirem vários assuntos relativos à comunidade lusófona.

O ministro cabo-verdiano disse que em dezembro vai ser realizada outra reunião extraordinária dos chefes da diplomacia dos países lusófonos para aprovação do projeto de mobilidade dos cidadãos, apresentado por Cabo Verde.

“Esperemos que até lá a situação da covid-19 estará resolvida, com vacinas ou uma vacina pelo menos global, para todos os países, mas há uma certeza: temos consenso na CPLP em matéria de mobilidade”.

Sobre a situação da covid-19 nos nove Estados-membros da CPLP, o ministro cabo-verdiano disse que ficaram acordadas várias questões importantes para minimizar os efeitos e combater a pandemia, desde logo a partilha de informações.

Para além da mobilidade e da Covid-19, na reunião foram também abordadas as questões da segurança e luta contra a criminalidade organizada nos países da CPLP, e ainda temas da vida interna como as agendas dos respetivos países.

Cabo Verde prolongou até 2021 a sua presidência rotativa da CPLP, após proposta de Angola, país que deveria assumir a liderança da organização lusófona em julho último.

Portugal fez-se representar pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.