Moçambique: SADC preocupada com ataques terroristas em Cabo Delgado
Hermínio José – Maputo, Moçambique
A decisão por uma cimeira da SADC no próximo mês de janeiro foi tomada durante a reunião de consultas de alto nível daquele organismo regional, em Maputo. Além do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, participaram da reunião os presidentes Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Mokgweetsi Masisi, do Botswana, e Emmerson Mnangagwa, do Zimbabué, bem como a vice-Presidente da Tanzânia, Samia Sulihu.
Segurança em Moçambique
"A reunião de consultas de alto nível acordou que a cimeira vai abordar a questão da segurança em Moçambique", frisou Verónica Macamo, momentos após o fim do encontro na Presidência da Republica, em Maputo, sem avançar mais detalhes sobre a cimeira.
“Não há paz, sem reconciliação”
Entretanto, a Conferência Episcopal de Moçambique, órgão representativo de todos os bispos moçambicanos, advoga que qualquer processo de paz, passa necessariamente pela reconciliação. E segundo, Dom Luiz Lisboa, secretário-geral da Conferência Episcopal de Moçambique e igualmente, bispo da diocese de Pemba, os ataques em Cabo Delgado, são uma clara demonstração de ausência de reconciliação, em Moçambique.
Ataques fazem mais de dois mil mortos
De referir que a província de Cabo Delgado está sob ataque de insurgentes desde 2017. Algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo terrorista "Estado Islâmico". A violência está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
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