África. Bispos: Promover formação bíblica, conhecer a Bíblia é encontrar Jesus
Cidade do Vaticano
Os trabalhos da videoconferência – segundo informa a agência Aci Africa – centraram-se em particular nas traduções da Bíblia para as línguas locais africanas, dificultadas pela falta de fundos e estruturas adequadas, e na necessidade de uma maior "oralidade na proclamação da palavra de Deus". Apesar disso, o Padre Xene Sanchez, diretor da "Verbum Bible", uma editora de livros religiosos dirigida pelos Missionários Verbitas na República Democrática do Congo, deu exemplos daquilo pelo qual a África é conhecida, ou seja, o "seu particular amor pela Palavra de Deus".
África primeiro Continente a traduzir a Bíblia
“A África é o primeiro continente com maior número de traduções da Bíblia - explicou o padre Sanchez - o que é surpreendente porque é um território mais pequeno em relação à Ásia. E mesmo assim, foi o primeiro a traduzir a Bíblia”. As estatísticas também dizem, prosseguiu o missionário Verbita, que os africanos “seguem apenas aos latino-americanos na compra da Bíblia, facto que, no contexto das dificuldades financeiras em que vive a população local, representa um grande testemunho de amor que essa tem pelas Sagradas Escrituras”.
Responder às seitas com interpretação correcta da Bíblia
O “número de voluntários para a formação bíblica” é também muito alto, sublinhou ainda o padre Sanchez, porque “o povo tem realmente muita fome” dela. Por isso, acrescentou o sacerdote, a formação deverá ser sempre "mais eficaz": em África, de facto, existem muitas seitas às quais devemos responder com "a interpretação correcta das Sagradas Escrituras". Daí a esperança de que a Bíblia esteja "disponível para todos os africanos de todas as idades, posições sociais e condições económicas".
Encorajar posse pessoal da Bíblia
A conferência virtual contou também com a presença do Padre Rafael Simbine Junior, responsável da Comissão para a Evangelização do SECAM (Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar), o qual destacou que “tornar conhecido e amado o Evangelho abre o caminho para o encontro pessoal com Jesus Cristo”. Nesta óptica, o Padre Simbine sugeriu de "encorajar a posse pessoal da Bíblia, tanto por parte do clero e das pessoas consagradas como da dos fiéis leigos".
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