Cardeal Berhaneyesus Souraphiel: proteger a vida humana e respeitar a Constituição
Cidade do Vaticano
«Cessem o clamor e os sofrimentos de muitos - escreve o Cardeal de Addis Abeba Souraphiel - cessem os deslocamentos internos e a morte de tantas pessoas, criadas à imagem e semelhança de Deus». A referência é ao violento conflito na região de Tigray, que há cerca de dois meses vê o governo de Addis Abeba em confronto com as autoridades locais, depois de um suposto ataque da Frente de Libertação do Povo Tigray contra o exército nacional estacionado na região. Daí o apelo do Cardeal Souraphiel a todas as partes envolvidas para que multipliquem os seus esforços para "garantir a segurança e a paz na Etiópia", juntamente com o Estado de direito e a protecção dos direitos humanos.
Também toda a população etíope é exortada a "se tornar obreira da paz": "Deveríamos viver juntos como irmãos e irmãs - escreve o Arcebispo de Addis Abeba - independentemente da nossa raça, tribo, cor, sexo e idade, tornando-nos como uma única família que se apóia e se ajuda reciprocamente e se mantém unida ”. “O povo de Deus deve permanecer unido no amor ”, exorta o purpurado, que em seguida pede “solidariedade para com os refugiados e deslocados” durante as festas de Natal”: Apoiemo-los de maneira especial - escreve o Cardeal Souraphiel na sua mensagem. Por amor do Senhor, encorajo-vos a passar o Natal fazendo obras de caridade ”, porque “o Senhor nos pediu para ajudarmos os necessitados ”. “Todos nós temos uma dívida a pagar - continua o Arcebispo da Etiópia - e essa dívida é sermos bons e caridosos para com o próximo”.
Finalmente, olhando para o contexto da pandemia Covid-19 que na Etiópia já causou 127 mil casos positivos e quase dois mil mortos, o purpurado convida os fiéis a terem cuidado e aproteger-se do vírus que representa "uma ameaça para o mundo e para o País" . “Segui todos os regulamentos para prevenir o contágio” conclui o Arcebispo de Addis Abeba, dirigindo também um pensamento e uma saudação a todos os etíopes que vivem no estrangeiro, aos doentes e reclusos, para que possam sempre celebrar a alegria do Natal.
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