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Dom Luiz Fernado Lisboa Dom Luiz Fernado Lisboa 

Sociedade Civil agradece a D. Lisboa por defender direitos humanos em Cabo Delgado

Em Moçambique, Organizações da Sociedade Civil, endereçam em comunicado mensagens de agradecimento a D. Luiz Fernando Lisboa, por sete anos Bispo de Pemba, em Cabo Delgado, norte do País. Dom Luiz Lisboa deixa a diocese de Pemba, para mais uma missão pastoral que lhe foi confiada pelo Papa Francisco, numa diocese do Brasil.

Hermínio José – Maputo, Moçambique

Segundo a Sociedade Civil moçambicana, o trabalho de D. Luiz Lisboa foi notável, não só ao nível da denúncia de violações dos direitos humanos, na montagem de toda uma rede de assistência humanitária às populações deslocadas, complementando ou até substituindo-se ao Estado, mas também ao nível da promoção do diálogo inter-religioso e nos apelos à construção da paz.

A voz dos mais desfavorecidos

Dizem ainda os activistas sociais que D. Luiz Fernando Lisboa nunca deixou de ser a voz dos mais desfavorecidos, chamando à atenção nacional e internacional para a violência da pobreza e da injustiça social, exercendo uma pressão para uma sociedade mais justa e menos desigual. O resultado foi a conquista de um carisma alargado junto das populações de Cabo Delgado, entre cristãos e muçulmanos.

Teoria da Libertação

O trabalho do Bispo de Pemba foi também inspirado pelo pensamento do Papa Francisco, também ele incutido pela teologia da libertação. Na Encíclica Laudato Si, o Papa Francisco apela aos cristãos a adoptarem uma cidadania activa na gestão do nosso planeta, definido como a casa comum, condenando políticas económicas predadoras do ambiente.

D. Luiz Lisboa, manteve no ano passado, o encontro com o Mais Alto Magistrado da Nação moçambicana, Filipe Nyusi, com quem abordou o impacto do conflito armado no Povo, a crise humanitária, devido a degradante situação dos deslocados, em Cabo Delgado.

De recordar que desde outubro de 2017 que iniciaram os primeiros ataques em Mocímboa da Praia, com níveis de violência macabros, alastrando-se nos anos seguintes por todo o Nordeste da província, desencadeando meio milhão de deslocados, mais de dois mil mortos e uma grave crise humanitária.

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28 fevereiro 2021, 13:47