Moçambique. Novos ataques a Manguna e Palma, AIS ao lado dos deslocados
Cidade do Vaticano
Muitos sacerdotes e religiosas também tiveram que deixar as suas paróquias e missões devido à violência que assola o norte do País desde outubro de 2017. O Padre Edegard Silva, missionário brasileiro actualmente em Pemba, informou que a sua paróquia, a do Sagrado Coração de Jesus, no distrito de Muidumbe, foi palco de um dos mais violentos atentados terroristas do ano passado e confirmou que a população está actualmente em fuga devido ao ataque armado.
“Muitos familiares dos nossos catequistas de Palma entraram em contacto connosco para informar que estão a fugir - disse o sacerdote. Quando se verificam estes ataques, as pessoas fogem para as montanhas e é difícil se comunicar devido ao sinal fraco e às baterias móveis descarregadas. O padre Silva acrescentou que a cidade de Palma se encontra na região “onde se realiza o grande projecto de exploração de gás da multinacional Total” e que para muitos observadores este é um dos motivos da revolta.
Os ataques por parte de grupos armados ligados a jihadistas do autodenominado Estado Islâmico provocaram uma grave crise humanitária na região. Segundo as Nações Unidas, no fim do ano passado o número de deslocados internos era de mais de 670 mil, com mais de dois mil mortos. A fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre tem apoiado desde o início os esforços da Igreja local para ajudar os deslocados, tendo garantido um primeiro socorro de emergência no valor de 160 mil euros. Além disso, a fundação apoia também, em todo o país, a sacerdotes e religiosos, financia seminários, actividades de formação e outros projectos para atender às necessidades mais urgentes da vida da Igreja.
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