África. Bispos apelam ao diálogo inter-religioso, em tempo de Ramadão
Cidade do Vaticano
Na mensagem do Bispo da Diocese de Oyo, Dom Emanuel Badejo, se destaca em particular que este ano o mês sagrado dos muçulmanos coincide com o tempo pascal que os cristãos ainda estão a viver: uma coincidência que desperta entusiasmo.
Ao mesmo tempo, observa-se "com pesar" o aumento dos assassinatos perpetrados em diversos países da África Ocidental através de ataques indiscriminados que "têm como alvo tanto a cristãos como aos muçulmanos". “Estamos muito preocupados – afirma o Bispo de Oyo, Dom Emanuel Badejo - com o actual índice de violência, sequestros, banditismo e derramamento de sangue no nosso País.” “Isto está a acontecer indistintamente a cristãos e muçulmanos e está tornando difícil a vida diária e o sustento de todos”, sublinha o prelado.
Daí, a exortação para que seja tutelada a cultura africana que "respeita a sacralidade da vida e os direitos de todos os cidadãos e protege a convivência harmoniosa": um objectivo pelo qual os próprios cristãos e muçulmanos se devem unir, promovendo "as virtudes da equidade, da paz e da justiça ”, para devolver “as sociedades da África Ocidental ao caminho da serenidade e da prosperidade”. «Como católicos, estamos abertos a trabalhar com os muçulmanos para um desenvolvimento humano fecundo e holístico que melhore o futuro das nossas crianças e da sociedade», conclui o bispo de Oyo.
Em Maurícia, por outro lado, o Conselho Nacional das Religiões na sua mensagem aos muçulmanos se detém nas consequências da pandemia da Covid-19 para os ritos islâmicos. “Por dois anos consecutivos – lê-se no documento - as mesquitas permaneceram fechadas. Felicitamos, portanto, os fiéis muçulmanos que souberam adaptar-se a viver o mês sagrado de Ramandão em casa, com o mesmo fervor dos tempos normais”. O Conselho afirma ainda estar optimista que este mês de jejum represente para a comunidade islâmica “um impulso de solidariedade para contribuir para as necessidades dos outros e sobretudo dos mais necessitados na sociedade».
“A espiritualidade que nos aproxima de Deus Criador - continua a mensagem - nos levará a aproximar-nos dos nossos irmãos para que tenham que comer e não sofram com a precariedade da vida que destrói a dignidade dos seres humanos”. “Que o Deus misericordioso - conclui a mensagem - conceda aos muçulmanos a sua graça neste tempo de jejum, para que as suas orações sejam atendidas”.
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