João Lourenço: “dinamizar a organização dos PALOP no interesse dos Estados membros”
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
A Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Fórum PALOP, que decorreu nesta terça-feira (27/04) por vídeo-conferência, marcou o fim da presidência rotativa de Angola a favor da República de Cabo Verde, para um mandato que se estenderá até ao ano 2023.
Na condição de Presidente em exercício do Fórum PALOP, o Presidente angolano, João Lourenço, exortou a unidade, determinação, perspicácia e firme vontade política, de forma a transformar os países membros em lugares de progresso e bem-estar para todos.
O Estadista pediu a adopção de posicionamentos estratégicos consensuais sobre as questões climáticas, para evitar a formulação de decisões que condicionem o direito ao desenvolvimento e que afectem as condições favorecidas pela natureza. Falou também do impacto danoso, para a economia africana, causado por factores como a volatilidade dos preços das matérias-primas e a pandemia da Covid-19.
O Presidente da República solicitou aos parceiros internacionais “muita compreensão e solidariedade” para que África se recomponha dos estragos e dos prejuízos que a crise sanitária global provocou e para que se corrija a actual realidade do difícil acesso às vacinas.
João Lourenço manifestou preocupação com o clima de instabilidade e conflito permanente que prevalece no continente, que agrava os dramas sociais e humanitários que as populações enfrentam.
Particularizou a situação de Moçambique, de alguns países da Região dos Grandes Lagos, da África central, bem como do Sahel.
Angola vai contribuir, a partir de Maio deste ano, com cerca de um milhão de euros para o projecto da comissão de trabalho dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), criado para a elaboração da história da luta de libertação dos Estados membros da organização.
A informação foi avançada, pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, no final da conferência de Chefes de Estado e de Governo dos PALOP.
Segundo o chefe da diplomacia angolana, Téte António, a comissão orçamentou em um milhão e oitocentos mil euros os custos do trabalho a executar.
A Conferência de Chefes de Estado e de Governo dos PALOP formalizou a adesão da República de Timor Leste a membro observador do Fórum PALOP e a Guiné Equatorial a membro de pleno direito.
O Fórum PALOP tem existência legal desde o ano de 2014 e é um mecanismo de concertação político-diplomática e de cooperação entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Integram os PALOP Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Moçambique.
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