África do Sul. “Escolas católicas construtoras de esperança e paz”, afirma Relatório CIE
Cidade do Vaticano
“O ano 2020 foi um ano diferente - lê-se no documento. Em janeiro do ano passado, ninguém poderia imaginar que haveria uma reviravolta total na nossa vida como a conhecíamos, devido à emergência sanitária”.
O encerramento das escolas e o bloqueio nacional, portanto, “exigiram um modo diferente de pensar no âmbito da educação católica”. A primeira preocupação, sublinha o Relatório, era "manter viva a comunicação não apenas entre o corpo docente, mas também entre os alunos": era preciso compreender, de facto, "como trazer esperança", no difícil contexto pandémico. E isso foi possível graças à comunicação digital que permitiu, por meio de plataformas como Zoom e Whatsapp, manter uma rede estável de contactos, ainda que virtuais.
Desafio de garantir às crianças acesso à alimentação
“Um outro desafio - continua o Relatório - foi o de continuar a garantir às crianças o acesso à alimentação”. Na verdade, no País, muitos menores só conseguem consumir uma refeição completa por dia graças às cantinas escolares. Felizmente, graças à contribuição de vários doadores, o Instituto Católico para a Educação pôde "prestar assistência alimentar em várias escolas". Em seguida, para “manter viva a esperança”, foi fundamental a série de webinars, oferecidos por alguns psicólogos da educação a professores e gestores de escolas.
Distribuição de material informativo nas Escolas
Quanto aos regulamentos de saneamento, necessários para conter as infecções da Covid-19 que no País atingiram, até à data, 1,6 milhões com mais de 54 mil mortos, o CIE tem oferecido o seu contributo com a distribuição de cartazes e material informativo em escolas de ensino primário e secundário , além de 30 mil máscaras, centenas de litros de desinfectante e termómetros. Seis escolas rurais também receberam tanques de água para lavar as mãos. “Manter as escolas informadas sobre os protocolos Covi-19 e o seu cumprimento - sublinha o Relatório - tem sido um aspecto essencial do trabalho do CIE, e por isso igualmente foi criado um site especial com todos os recursos necessários”.
Programa “Construir escolas de paz”
Outro ponto essencial, para o ano de 2020, foi o programa "Construir escolas de paz": já no seu sétimo ano de actividade, o projecto levado a cabo pelo CIE visa criar escolas em que os procedimentos disciplinares passem de "punitivos" a "restaurativos", de modo a ensinar aos alunos "uma cultura do cuidado, da justiça e da paz, sinais distintivos da ética de uma escola católica". Portanto, apesar do bloqueio, o programa continuou na modalidade virtual, trazendo dados animadores: de 2016 a 2020, os alunos que batem nos colegas passaram de 34 para 19 por cento, com queda de 15%; os professores que batem nos alunos desceram de 56 para 28 por cento, uma queda de 28%, enquanto os professores que fazem os alunos se sentirem seguros aumentaram de 75 para 82 por cento, com mais 7%.
Parcerias com instituições estatais e a Conferência Episcopal
Outros programas do CIE envolveram, novamente em 2020, parcerias com instituições estatais e com a Conferência Episcopal Nacional para "partilhar informações úteis e apoiar questões relacionadas com as escolas em todas as regiões do País". Em particular, o Instituto Católico para a Educação está "cada vez mais consciente da vulnerabilidade dos institutos de formação independentes": por esta razão, foi estabelecido um "Departamento de serviços centralizados que usará economias de escala para adquirir bens e serviços de qualidade a preços razoáveis" para todos .
Por fim, foi lançada uma unidade de monitorização e avaliação que, por meio de uma recolha específica de dados, poderá reflectir sobre o trabalho realizado pelo CIE e sobre a possibilidade de desenvolver mais serviços no futuro.
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