Sudão do Sul. Dom Eduardo Kussala: "não à violência, agora serve ajuda humanitária!"
Cidade do Vaticano
Num comunicado publicado no site da Amecea (Associação dos membros das Conferências Episcopais da África Oriental), o Bispo de Tombura-Yambio pediu ajuda humanitária e exortou as instituições a mobilizarem os recursos necessários para salvar a população.
Em particular, o prelado disse que estava "profundamente preocupado" com a actual situação que "corre o risco de aumentar a desnutrição, as doenças e a morte dos mais vulneráveis", enquanto os deslocados vivem em condições precárias, "sem abrigo, água e alimentos". Na origem da recente crise, está a violência que eclodiu nos meados de junho, entre 19 e 22, quando homens armados se desencadearam contra a população indefesa, disparando tiros, saqueando e queimando habitações e pondo em fuga mais de 21 mil pessoas, metade das quais crianças, vítimas também de "graves violações dos seus direitos".
Segundo Dom Eduardo Kussala, as tensões se devem à forte instabilidade política do País, que impede ao Governo de intervir no terreno. Mas tudo isso agrava as condições do povo sul-sudanês, já "arrasado pela pandemia de Covid-19 e por anos de conflitos e insegurança". Por esta razão, Dom Kussala convidou “a todas as 35 Paróquias e departamentos da Diocese católica de Tombura-Yambio a iniciar, no domingo 4 de julho, uma mobilização geral de recursos de todos os tipos: dinheiro, alimentos, roupas, camas, tendas, etc, para ajudar os nossos irmãos e irmãs necessitados”.
O Bispo também estabeleceu que 70 por cento das colectas das Missa do domingo passado, 27 de junho, sejam usadas para apoiar as vítimas. Estas iniciativas humanitárias serão coordenadas pela Organização Diocesana para o Desenvolvimento e a Paz, a qual vai também monitorizar constantemente a situação.
“Peço a todas as partes envolvidas - reiterou o prelado - que se assegurem que os civis, e especialmente as mulheres e as crianças, sejam protegidos e mantidos longe dos perigos, segundo os princípios evangélicos e o direito internacional e humanitário”. Por fim, Dom Kussala exortou “todas as comunidades cristãs, as Paróquias, as instituições e os departamentos, e a todas as pessoas de boa vontade, a praticar a caridade, a viver em solidariedade uns com os outros, e a unir as mãos para salvar os nossos irmãos neste momento difícil”, também através da oração constante.
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