África. Plenária da ACWECA debate missão profética e renovação das Consagradas
Cidade do Vaticano
Deveria ter acontecido em agosto de 2020 em Nairobi, Quénia, mas devido à Covid-19, a 18ª Assembleia plenária da Associação das Mulheres Consagradas da África Oriental e Central (ACWECA), foi adiada por um ano e será realizada de 23 a 28 de agosto em formato virtual, embora sempre coordenada a partir da capital queniana, Nairobi. Uma decisão que não foi fácil considerando as dificuldades de conexão em algumas áreas, mas que se tornou necessária pela persistência da pandemia.
Estarão, portanto, ligadas ao evento quase 200 delegadas representando 30 mil religiosas presentes nos nove Países da região: Eritreia, Etiópia, Quénia, Malawi, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda e Zâmbia. Está também prevista a presença de observadores da União Internacional das Superioras Gerais (UISG) e de outras associações de religiosas não membros da ACWECA.
O Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, falará à assembleia a partir de Roma. Participarão igualmente Dom Hubertus Matheus Maria van Megen, Núncio no Quénia e no Sudão do Sul, Dom David Kamau, bispo responsável pela vida Consagrada na Conferência Episcopal do Quénia, Padre Anthony Makunde, Secretário Geral da Associação das Conferências Episcopais da África Oriental (AMECEA), um representante da Confederação dos Superiores Religiosos Maiores em África e Madagáscar (Comsam) e Irmã Patricia Murray, Secretária Geral da UISG.
No centro dos trabalhos estará o tema: "Despertar o papel profético: um chamamento a reformar-se para uma transformação holística na região da ACWECA hoje", inspirado na Carta de São Paulo aos Romanos (Rm, 12,1-2) e que também será lido à luz da actual crise da Covid-19.
São Paulo diz-nos que “podemos ser verdadeiros profetas se escutarmos a voz de Deus” e o tema escolhido oferecerá às religiosas da África Oriental e Central a oportunidade de “rever” a sua missão para “despertar” esta dimensão profética perante os novos desafios também criados pela crise sanitária, afirma a presidente da ACWECA, Irmã Cecilia Njeri. “O nosso mundo foi abalado pela pandemia e o desafio para nós hoje é como levar esperança às pessoas que enfrentam emergências sanitárias, pobreza, desigualdades, perda de empregos e desespero”, explica a religiosa. A Superiora Geral das Pequenas Irmãs de São Francisco sublinha que para fortalecer este papel profético é importante saber renovar-se e transformar-se também com uma formação actualizada.
Missão profética e renovação serão, portanto, o binómio à volta do qual girará a Plenária, na qual o Cardeal de Aviz dará uma contribuição sobre o papel das religiosas na África Oriental e Central. O tema do papel profético das Consagradas será, por sua vez, ilustrado pela Irmã Mary Gitau, religiosa queniana das Irmãs de Loreto, enquanto que a Irmã Jacinta Auma Opondo, das Irmãs Franciscanas de Sant'Anna, falará sobre o tema da reforma. Como de costume, depois da Assembleia as Associações membros da ACWECA serão chamadas a preparar planos de acção para implementar as decisões tomadas nos seus respectivos Países.
Recorde-se que a Assembleia Plenária da ACWECA realiza-se de três em três anos, desde 1974. A última edição, a Assembleia 17ª, foi realizada em agosto de 2017 em Dar es Salaam, na Tanzânia, sob o tema: “Revitalizar a nossa solidariedade para uma evangelização mais profunda na complexa realidade da região hoje".
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