eSwatini. Bispo convoca, para 6-15 de agosto, Novena de oração pela paz no País
Cidade do Vaticano
As manifestações foram reprimidas com o punho de ferro pelo monarca e o uso do exército provocou numerosos mortos e feridos. Por isso, Dom José Luis Ponce de León, o Bispo de Manzini, a única diocese católica do território, convidou os fiéis a uma novena de oração que se realizará de 6 a 15 de agosto, solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria.
Devido à pandemia de Covid-19, a iniciativa será realizada na modalidade virtual: todas as manhãs, às 6.30, haverá um momento de oração e meditação de 7 minutos, na página diocesana do Facebook. “A Diocese de Manzini - escreveu o prelado numa carta à Comunidade - partilha o sofrimento causado pela perda de vidas, empregos e propriedades privadas, vivida durante os conflitos”. "Por isso - acrescentou - convido todos a dedicarem a festa da Assunção deste ano para um dia de oração e cura" pela paz nacional. Serão postos à disposição orientações e subsídios espirituais específicos tanto para a celebração da iniciativa nas paróquias, como para as famílias ou indivíduos particulares que vão rezar em casa.
Recorde-se que, ao longo de todo o conflito, Dom de León nunca deixou de invocar a paz, lançando apelos à calma e ao diálogo, porque “combater o fogo com o fogo levará o País às cinzas”. Numa declaração de 2 de julho, o prelado apelava a uma "discussão ampla e aberta entre todas as partes envolvidas, para buscar um acordo entre opiniões e pontos de vista diferentes". E novamente, no dia 5 de julho, o Bispo de Manzini exortou os fiéis a "rezar pelo dom da sabedoria e da coragem, para quebrar a onda de violência no País".
Outros apelos pela paz em eSwatini também vieram da Imbisa (Associação Inter-regional dos Bispos da África Austral, que inclui os prelados de Angola, Botswana, eSwatini, Lesotho, Moçambique, Namíbia, São Tomé e Príncipe, África do Sul e Zimbabwe), que condenou "as execuções extrajudiciais, as prisões indiscriminadas, os sequestros e torturas” que tiveram lugar no País; da Conferência Episcopal da África do Sul, reunida em Assembleia Plenária até ao dia 7 de agosto, e que enviou um apelo à reconciliação e à busca de uma solução pacífica, bem como do Papa Francisco que, no Angelus de 4 de julho, disse: “Convido os que detêm responsabilidade e a quantos manifestam as suas aspirações pelo futuro de eSwatini, a um esforço comum para o diálogo, a reconciliação e a resolução pacífica das várias posições ”.
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