Profissão perpétua da Ir. Fátima Amélia Gonzaga, Ursulinas (Beira, Moçambique) Profissão perpétua da Ir. Fátima Amélia Gonzaga, Ursulinas (Beira, Moçambique) 

Ir. Fátima Gonzaga, 1ª moçambicana das Ursulinas, faz profissão perpétua na Beira

Teve lugar no passado domingo, 15 de agosto, na Arquidiocese da Beira (Centro de Moçambique) a profissão perpétua da primeira moçambicana das Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração de Maria, sinal da encarnação do carisma em África.

Rogério Maduca Joaquim, Rádio Pax – Beira, Moçambique

A Congregação das Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração de Maria foi criada na Itália no ano de 1900, e as primeiras Irmãs chegaram a África, concretamente em Moçambique, no ano de 2000. No passado dia 15 de agosto a Congregação ouviu o Sim definitivo da primeira religiosa Africana, por sinal Moçambicana, através da profissão perpétua da Ir. Fátima Amélia Gonzaga cuja vocação nasceu na cidade da Beira, no Centro de Moçambique.

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A cerimónia que foi bastante restrita devido à pandemia do coronavírus, foi presidida por Dom Cláudio Dalla Zuanna, Arcebispo da Beira, no Centro de Nazaré, Cidade da Beira, e contou com a presença da Madre Geral das Ursulinas, a Irmã Maria Luísa Bertuzzo, outros membros da Congregação e alguns familiares.

No fim da cerimónia a Ir. Maria Bertuzzo, explicou à Emissora Católica da Beira, que o evento constituía a realização do desejo da fundadora da Congregação, a Madre Giovanna Meneghini, representando assim a encarnação do carisma em África:

“Esta festa ou este evento da profissão perpétua da irmã Fátima Gonzaga é particularmente importante porque é a primeira irmã Moçambicana, a nossa Fundadora a Madre Giovana Menegrine desejava ter um coração tão grande capaz de abraçar todo mundo, e com este evento vemos realizado o desejo da Madre Giovana no continente Africano, portanto este sim definitivo da Irmã Fátima é uma encarnação realizada em Moçambique, não somente com religiosas italianas mas o começo com presenças locais”.

Alegria e gratidão caracterizavam aquela que entra na história das Ursulinas do Sagrado Coração de Maria em África, a Ir. Fátima Gonzaga justifica o mesmo recordando o lema da profissão dos seus votos extraído do Evangelho de Lucas “A minha alma glorifica o Senhor”.

Ciente da realidade que se vive em Moçambique, relativamente à situação do terrorismo em Cabo Delgado, no norte do País, e a Covid-19, a Irmã Fátima encorajou os jovens a acreditarem que dias melhores virão.

Atualmente estão no País cerca de 7 religiosas Ursulinas do Sagrado Coração de Maria, divididas em duas Comunidades (Dondo e Beira), na sua atividade pastoral estas auxiliam na área da educação através de várias ações que tem em vista a promoção e empoderamento das mulheres.

De referir que a Irmã Fátima Amélia Gonzaga iniciou o seu processo formativo em 2011, tendo professado seus primeiros votos em 2014, durante o seu percurso formativo trabalhou como enfermeira no centro de saúde de Mafambisse, na região centro de Moçambique.

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17 agosto 2021, 13:05