Angola. Bispos ao governo: "Declarar estado de emergência, por causa da seca"
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
Na sequência dos trabalhos realizados de 6 a 11 de outubro, em Luanda, naquela que foi a II Assembleia Plenária Anual, os Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé recomendaram o empenho de todas as forças vivas da Igreja no Sínodo convocado pelo Santo Padre, que decorre por estes dias em Roma.
A Igreja angolana está representada pelo arcebispo do Lubango e Presidente da Comissão Episcopal de Justiça, Paz e Migrações da CEAST, D. Gabriel Mbilingue.
Na análise da situação política e social do País “os Bispos da CEAST constataram o aumento dos níveis de insegurança um pouco por todo o País, assim como a fome provocada pela longa estiagem e a consequente falta de alimentos, sobretudo na região sul do País”, como o fez saber o porta-voz da CEAST, D. Belmiro Chissengueti.
“Diante destas constatações os Bispos da CEAST, reunidos em Plenária, recomendaram que se melhore o discurso político para a paz, segurança e harmonia entre os cidadãos, bem como a declaração do estado de emergência no sul do País para permitir a ajuda da Comunidade Internacional”, acrescentou o prelado.
Ainda sobre a problemática da seca e fome que fustiga a região sul de Angola, em setembro deste ano (2021), o Executivo angolano anunciou a criação de uma “força tarefa” para garantir operações logísticas, operacionais e técnicas, depois da distribuição de 5.176 toneladas de bens diversos para as populações que enfrentam dificuldades face a estiagem.
O anúncio foi feito pela Ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, coordenadora de uma Comissão de acompanhamento e resposta à seca no sul de Angola.
Nesta última plenária do ano, os Bispos da CEAST aprovaram dentre vários assuntos a realização em junho de 2022, de um Simpósio Internacional para celebrar os 530 anos da evangelização de Angola e os 30 anos da visita do Papa São João Paulo II a Angola.
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