Diocese sul-africana de Aliwal prepara-se para o caminho sinodal
Cidade do Vaticano
Conforme foi anunciado pela Secretaria Geral do Sínodo no passado mês de maio, por vontade do Papa Francisco, a próxima Assembleia Ordinária dos prelados de todo o mundo não será celebrada apenas no Vaticano, mas em cada uma das Igrejas particulares dos cinco continentes, seguindo um itinerário trienal feito de escuta, discernimento e consulta. O caminho sinodal será aberto pelo Pontífice no próximo dia 10 de outubro, e se desenvolverá durante três anos e em três fases: diocesana, continental e universal.
A primeira fase, que as dioceses inaugurarão no dia 17 de outubro sob a presidência do Bispo local, prevê a consulta aos fiéis e servirá à Secretaria Geral do Sínodo para redigir o primeiro Instrumentum laboris, que será publicado em setembro de 2022. Em seguida, começará a segunda fase, que vai até março de 2023, e será caracterizada pelo diálogo "continental" das Igrejas sobre o referido Documento de trabalho. Deste confronto, a Secretaria do Sínodo vai elaborar um segundo Instrumentum laboris que será divulgado em junho de 2023. Finalmente, em outubro do mesmo ano, será aberta a terceira e última fase, com o Sínodo "universal" a ter lugar no Vaticano.
Portanto, tendo em vista o início da fase diocesana, Dom Joseph Mary Kizito escreveu uma Carta pastoral na qual, referindo-se ao tema do Sínodo, sublinha a necessidade de “o povo de Deus caminhar juntos em comunhão, participação e missão, em particular na era pós-pandémica da Covid-19". “Convido todos os fiéis - lê-se na carta - a encorajar-se e apoiar-se mutuamente nesta maravilhosa viagem da fé, juntamente com o Papa Francisco”, porque “o caminho é essencial, visto que a Igreja precisa de estar em movimento”.
Reiterando que “a voz e a contribuição de todas as pessoas são fundamentais para a reflexão porque todos são chamados a escutar o Espírito Santo”, o Bispo de Aliwal conclui: “Havemos de caminhar juntos: leigos, pais, casais, solteiros, homens, mulheres, adolescentes, crianças, pessoas saudáveis, doentes, pessoas com deficiência, Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas”.
Na mesma linha também se coloca a Arquidiocese da Cidade do Cabo, onde as consultas já iniciaram. Numa Carta aos fiéis, o Bispo auxiliar, Dom Sylvester David, exortou-os a se familiarizarem com o conceito de sinodalidade, bem como com alguns princípios relevantes, como "comunhão, participação e missão". Recordando o empenho de 20 sacerdotes e 14 leigos nesta primeira fase diocesana, o prelado ressaltou finalmente a importância de uma leitura atenta e activa da documentação sinodal disponível, e também de uma planificação dos procedimentos, mais do que nunca necessária neste tempo de restrições contra a Covid-19.
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