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João Lourenço, Presidente de Angola João Lourenço, Presidente de Angola 

Angola independente há 46 anos: luzes e sombras no balanço dos angolanos

Angola celebra nesta quinta-feira (11/11) 46 anos de Independência Nacional, cidadãos entrevistados pelo Vatican News em Luanda, consideram ter havido recuos às ideias que nortearam a libertação do jugo colonial português.

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola

Angola tornou-se independente do “império” colonial português a 11 de novembro de 1975, há exactamente 46 anos, 19 dos quais de paz efectiva. Apesar de toda dificuldade ao longo dessas quatro décadas, este facto representa a maior conquista dos Angolanos seguida da paz alcançada a 4 de abril de 2002. Reza a história que Angola foi a última colónia portuguesa a proclamar a independência em África sob divergência dos três movimentos de libertação (MPLA, FNLA e UNITA).

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Em mensagem dirigida à Nação,  por ocasião do 46º aniversário da Independência Nacional o presidente da República de Angola, João Lourenço, afirmou que o País conquistou a paz mantém a unidade nacional e, com o perdão sincero no rosto e na alma de cada angolano, a nação está reconciliada.

“Nos quase 20 anos de paz, juntos fizemos um caminho que nos deve orgulhar”,  referiu o Estadista angolano. Entretanto, em Luanda cidadãos entrevistados pela nossa reportagem consideraram ter havido recuos no que os ideais que nortearam a libertação do jugo colonial português dizem respeito, isto, olhando para as actuais dificuldades sociais.

Joaquim Henriques Quissongo disse que os angolanos estão longe do alcance das expectativas da independência volvidos 46 anos, é preciso mais trabalho, sobretudo por parte de quem governa, adiantou o cidadão. Para o presidente angolano “as conquistas da Independência Nacional e da paz são marcos indeléveis da nossa História, que enchem de orgulho cada um de nós e encorajam-nos para enfrentar o longo caminho que temos pela frente, para vencermos os desafios do nosso tempo”,  sublinhou.

A cidadã Domingas Martins reconheceu algum progresso, mas “descontinuado” nos dias que correm. Para o Presidente João Lourenço, os angolanos têm um passado que os orgulha e os impele para a construção de um futuro melhor. “Fazer de Angola uma nação próspera é o principal desafio do nosso tempo, é possível e está ao nosso alcance”, afirmou.

O Padre Celestino Epalanga, Secretario da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), lamentou o facto de os angolanos celebrarem os 46 anos de independência, padecendo de fome. O sacerdote apresentou a história real de uma anciã, sofrendo de fome e prestes a morrer.

No capítulo dos desafios da diversificação, o presidente angolano João  Lourenço em mensagem dirigida à Nação,  por ocasião do 46º aniversário da Independência Nacional, defendeu que para vencer os desafios do presente, “precisamos de continuar a investir o nosso tempo, o nosso conhecimento e os nossos recursos na alteração da estrutura económica de Angola através da diversificação da economia.

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11 novembro 2021, 09:56