Angola. Famílias consideram actual quadra festiva a pior dos últimos anos
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
As famílias angolanas, à semelhança de outras famílias do mundo inteiro, voltaram a juntar-se, este ano, para a quadra festiva, ou seja, a festa de Natal e do Ano Novo.
Para muitas famílias esta quadra festiva é para esquecer, a crise económica e financeira reinante no País desde 2014, e agudizada pela pandemia da Covid-19, são factores que estão na base do fraco poder de compra das famílias.
Neste período o bacalhau, por exemplo, um dos produtos mais procurados, tornou-se um produto cujo preço está fora do alcance de milhares de angolanos que optam por alternativas, como o peixe “macaiabo” ou a “cabuenha”, mas ainda assim há famílias “que nada têm e nada conseguiram”.
Por outro lado, a quadra festiva, este ano, está a ser vivida num clima de cuidados redobrados, tendo-se, essencialmente, em conta a questão dos ajuntamentos, face à Covid-19.
O Ómicron já circula no País, a Ministra da saúde Sílvia Lutukuta apela, por isso, às famílias para o cumprimento das medidas contidas no novo Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública que restringe festas e ajuntamentos.
Só nesta segunda-feira (27/12), o País registou 1945 novos casos e 4 óbitos. Sílvia Lutukuta disse que Governo angolano já sabe do impacto da quadra festiva no aumento de casos, daí ter adiantado o reforço de equipas de testagem nos principais aglomerados de pessoas.
Apesar das dificuldades muitos angolanos, sobretudo cristãos, relançam a esperança no “Deus Menino” e aproveitam a quadra festiva para cultivarem o amor ao próximo e resgatarem os valores morais, fundamentais para a harmonia familiar.
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