Zimbabwe. Líderes das Igrejas emitem declaração “As eleições que queremos”
Kudakwashe Matambo – Harare, Zimbabwe.
O Zimbabwe vai realizar eleições em 28 distritos eleitorais para membros do Parlamento. Enquanto o País se prepara para o voto, os Bispos católicos do Zimbabwe e os líderes das outras religiões emitiram uma Declaração Pastoral intitulada “As eleições que queremos”. A Declaração apela por umas eleições livres, justas e pacíficas.
Eleitores tenham oportunidade de tomar decisões informadas
O “órgão de gestão eleitoral (a Comissão Eleitoral do Zimbabwe) e outras instituições relevantes deveriam fornecer informações oportunas, precisas e completas ao eleitorado para permitir que tomem decisões informadas durante todo o período eleitoral”.
A Declaração “As eleições que queremos” foi assinada pelo Arcebispo de Harare, Dom Robert Ndlovu, como Presidente da Conferência dos Bispos Católicos do Zimbabwe. Outros signatários incluem o Bispo L M Khanye do Conselho das Igrejas do Zimbabwe (ZCC), o Bispo N Muparutsa- da Fraternidade Evangélica do Zimbabwe (EFZ) e o Bispo PN Makamba – da União para o Desenvolvimento das Igrejas Apostólicas e Zionistas no Zimbabwe (UDACIZA).
Eleições adiadas por muito tempo
A Comissão Eleitoral do Zimbabwe (ZEC) em 2020 suspendeu a realização das eleições intercalares, em conformidade com os regulamentos e protocolos do governo face à Covid-19, de modo a reduzir a propagação da pandemia.
No entanto, no início do mês passado, o Presidente Emmerson Mnangagwa anunciou que 26 de março será a data das tão esperadas eleições, para preencher as vagas na Assembleia Nacional e em várias autoridades locais em todo o País.
Campanha “Reza, Regista-te, Vota”
Em consonância com a Declaração Pastoral dos líderes das Igrejas, as instituições católicas como o Movimento Nacional dos Estudantes Católicos (NMCS) desde cedo se esforçaram por alcançar os jovens eleitores por meio da campanha “Reza, regista-te, vota”.
O Coordenador Nacional da Comissão Católica para a Justiça e Paz (CCJP), Sr. Paul Muchena, confirmou que, como nas eleições anteriores, a CCJP vai mobilizar, formar e enviar observadores eleitorais em todos os círculos eleitorais.
“A CCJP já mobilizou recursos para a formação, desdobramento e documentação dos observadores, tanto para o dia da votação como para os dias antes e depois das eleições intercalares”, disse Muchena.
Espera-se que a segurança do País seja conduzida de forma profissional
Na sua Declaração, os líderes das Igrejas instaram ainda as forças de segurança do País a agir de forma profissional e de maneira não partidária para evitar a perda de vidas, como tem acontecido no passado.
As eleições deveriam se caracterizar pela “conduta profissional e apartidária das nossas forças de segurança no cumprimento dos seus deveres constitucionais” e não deveria haver “uma única alma que se perde antes, durante e depois das eleições intercalares devido à violência política”, afirmaram os líderes das Igrejas.
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