Djamila Ribeiro - Feminismo e antirracismo: filosofia política
Dulce Araújo - Vaticannews
Tem pouco mais de 40 anos, mas Djamila Ribeiro já é uma das pensadoras mais conhecidas no mundo da luta por um Brasil igualitário, sem racismo, em que os negros e, de modo particular, as negras tenham direito à fala, a narrar em primeira pessoa as suas vicissitudes, a fazer com que tenham peso nas decisões e que possam contribuir para mudar a sociedade toda para melhor.
Os seus vários livros, alguns já traduzidos em diversas línguas, assim como as suas numerosas intervenções nos media tradicionais e modernos não deixam margens para dúvidas de que a análise da questão racial e da mulher negra tem de ser interseccional a vários outros aspetos de discriminações e desigualdades sociais, caso contrário não se chegará a compreender a sua complexidade histórica e social e a soluções transformadoras e duradouras.
Se por um lado esta é a luta que as mulheres negras (no caso específico) vêm travando desde há muito, a começar por Sejourner Truth, por outro a sociedade branca ainda não assumiu plenamente a sua responsabilidade nessa luta pela transformação.
É essa responsabilidade, esse reconhecer que privilégios não são direitos, que Djamila Ribeiro chama também em causa numa luta que deve ser comum e que em espírito de ética e justiça poderá beneficiar a todos.
A crónica de Filinto Elísio, cofundador da Casa Editora, Rosa de Porcelana, ajuda a compreender melhor o percurso da Djamila Ribeiro e as causas por que ela luta. É na emissão "África em Clave Feminina: música e arte" que aqui fica e que traz também algumas palavras dela.
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