Guiné-Bissau. Ministério Público lança Plano Estratégico contra a corrupção

Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Guiné-Bissau

 “A corrupção tem sido um “cancro” na sociedade guineense e que nas últimas décadas houve um aumento esponencial desse fenómeno na sociedade em geral e em especial nas instituições públicas” – disse Bacari Biai, sublinhando que “nenhuma sociedade é isenta da corrupção tendo líderes corruptos e vice-versa”, salientou.

A Ministra da Justiça cessante, Teresa Alexandrina da Silva, realçou a importância do lançamento do Plano Estratégico de Combate à Corrupção tendo reconhecido que a corrupção é um entrave grave ao investimento e ao crescimento económico.

 “A corrupção é um entrave grave ao investimento, ao crescimento económico e estimula a pobreza, fomenta a instabilidade política, social, institucional e o ordenamento penal guineense”, disse.

O Ministério Público aproveitou a ocasião para avisar que os Partidos políticos que não apresentarem as contas das últimas eleições realizadas no País não serão admitidos a participar nas próximas eleições. O aviso vem do Coordenador do Gabinete de Luta Contra Corrupção e Delitos Económicos, Juscelino Pereira, que justifica que a decisão visa apenas fazer cumprir o que está plasmada na lei eleitoral.

 “A lei eleitoral diz que se os Partidos políticos não prestarem contas 30 dias após as eleições não podem participar nas próximas eleições. “Doravante, os partidos que não prestam contas, não podem participar nas futuras eleições”, disse. O Ministério Público vai abrir os olhos porque é aqui que tudo começa. “Onde é que os Partidos conseguem o dinheiro com que fazem as campanhas eleitorais? Devem prestar contas e a população deve saber da proveniência destes meios. “Vincou.

De acordo o Ministério público, desde a realização das eleições legislativas de 10 de março de 2019 até agora, nenhum Partido político apresentou as suas contas da campanha eleitoral, referente a este pleito eleitoral.