Angola rejubila-se com a visita do Papa à vizinha RDC
Anastácio Sasembele - Luanda
Para os peregrinos angolanos, que se deslocaram a Kinshasa, a capital da RDC, a partilha de alegria e de fé com os irmãos congoleses é um claro sinal da sinodalidade, evocada pelo Papa Francisco.
Angola e a RDC partilham uma vasta fronteira para além de alguns aspectos étnico - culturais.
O Papa Francisco chega a República Democrática do Congo (RDC), para uma visita apostólica a um dos mais problemáticos países do continente e onde a comunidade católica, a larga maioria dos 90 milhões de congoleses, se mostra cada vez mais preocupada com o avanço do islamismo radical e da violência armada no leste, como espelhou a nossa reportagem a partir de Kinshasa, o Pe Camilo Sapo Malanga, Superior Provincial dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus e Maria em África, e Presidente dos Religiosos e Religiosas da Província ecclesiastica de Kinshasa.
E para Albino Pakisi, filósofo e analista de política, esta visita do Sumo Pontífice ao continente africano é, provavelmente, das mais complexas de gerir, devido às fragilidades das instituições do Estado, na RDC devido a décadas de instabilidade político-militar, com milhões de deslocados internos e nos países vizinhos, como, por exemplo, Angola, mas essencialmente no Ruanda e Uganda…. e no Sudão do Sul, devido à fase ainda de consolidação do Estado no mais jovem país do mundo, cuja independência teve lugar em 2011, separando-se do Sudão depois de anos a fio de guerra que produziu milhares de mortos e milhões de deslocados.
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