Dom Lúcio: Igreja vivida como família, eclesiologia própria do continente Africano
Sheila Pires – Radio Veritas, Joanesburgo, para o Vatican News
Na conclusão da fase continental do Sínodo sobre a sinodalidade para a Igreja em África e Madagáscar, os delegados destacaram 8 prioridades para a Igreja em África, nomeadamente. Pastoral familiar, aprofundamento dos valores culturais africanos e da cultura comunitária africana, compromisso na luta contra a exploração dos recursos naturais, promoção da renovação litúrgica, formação do povo de Deus, Promoção da inclusão das mulheres e dos jovens, e Justiça, e administração ecológica como forma de viver uma mudança sinodal a fim de enfrentar a crise ecológica.
Em entrevista a Rádio Veritas, Dom Lúcio disse que "a Igreja em África sempre foi entendida como uma família... sendo possível viver como uma família e acolheremo-nos uns aos outros como irmãos e irmãs".
Dom Lúcio destacou a família como a "contribuição fundamental", que "tudo tem a ver com o nosso ser, ser família e viver, digamos, como irmãos (e irmãs) uns para os outros".
A Igreja em África precisa de “mudança de mentalidade”
A etapa continental africana do Sínodo sobre a Sinodalidade, realizada em Adis Abeba, Etiópia, de 1 a 6 de março, reuniu mais de 200 participantes de 41 Países africanos e das ilhas. Os participantes eram também etíopes como anfitriões e convidados de outros continentes, particularmente os da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos da Santa Sé. Uma centena de leigos participantes incluía 32 jovens e 50 mulheres. Havia também algumas pessoas consagradas, padres, bispos e cardeais.
Segundo a Irmã Ester Lucas, a Igreja em África precisa de uma mudança de mentalidade, que "todos os leigos, o clero, os bispos", precisam de "uma mudança de mentalidade no sentido de aceitarem uma nova dinâmica no exercício do poder, no exercício da autoridade, no exercício dos ministérios e carismas que existem na Igreja, para que todo o nosso modo de ser e trabalhar na Igreja seja marcado pela sinodalidade, ou seja, a abertura ao outro, a escuta do outro, a possibilidade de todos nós participarmos nos processos e também de tomarmos parte nas decisões que são tomadas no final dos processos.”
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui