Viagens de integração africana para jovens - Ruanda-2023
Dulce Araújo - Vatican News
Religioso da Congregação dos Agostinianos da Assunção, o P. Jea-Paul Sagadou, natural do Burkina-Faso, vive em Abidjan desde há um ano e meio, onde trabalha na filial África do “Grupo Bayard Press”, como Redator-chefe da versão para a África do Missal “Prions l’Eglise”. Mas é também um apaixonado por questões relacionados com o pan-africanismo, integração africana, diálogo inter-religioso e intercultural. Questões que enfrenta sobretudo com a juventude africana, pois considera que precisam de ser formados tendo em conta a diversidades religiosa, cultural. Por isso, preocupa-se em fazer com que compreendam melhor a realidade do seu continente e que sejam capazes de contribuir para a construção de um mundo melhor. É por isso que, há cerca de dez anos, lançou as chamadas “viagens de integração africana. Encontramo-lo em Lourdes, na França, nas 26ª Jornadas de Comunicação São Francisco de Sales, que decorreram de 25 a 27 de Janeiro de 2023, e falamos com ele sobre essas viagens, procurando saber, antes de mais, em que consistem exatamente:
“Parti da análise segundo a qual (em todo o caso a partir da África Ocidental) há, inclusive a nível político, um desejo de integração africana. Sabemos que a África passou por muitas divisões na sequência da colonização que criou fronteiras arbitrárias. E então, quis empenhar a juventude africana nessa dinâmica de um trabalho conjunto no sentido de desbloquear o espírito, de ir ao encontro do outro, se conhecer e melhor assumir o desafio da integração, de modo a que cada um possa dar a própria contribuição à construção do continente africano. Eu estava no Togo em 2008/2009 e foi nessa altura que comecei essas viagens de integração africana com jovens de 18-25 anos. O desafio é ir de um país para outro com jovens de diferentes confissões religiosas, diferentes etnias e nacionalidades. Fizemos então a primeira viagem do Togo para o Burkina-Faso, depois do Burkina para o Benin e, deste modo, fizemos seis edições até 2017, ano em que estivemos no Gana para celebrar o aniversário da independência do país, à sombra do pai do pan-africanismo, Kwame Nkrumah. Outra grande atividade que organizamos em 2019 foi na Costa do Marfim em volta do tema da liderança feminina, porque notei, nos meios sociais, que muitas meninas africanas se exprimem e que o que elas dizem vale a pena ser partilhado com outros jovens. Então, reunimos uma dezena de meninas africanas do Burkina-Faso, Mali, Costa do Marfim, Senegal e tivemos belas mesas redondas, também com rapazes, sobre a Costa do Marfim, para ver qual pode ser hoje a contribuição da juventude africana à construção da unidade e da integração da África. E agora estamos a preparar a 8ª edição que queremos realizar no Ruanda em agosto deste ano de 2023; e a ideia é a de melhor conhecer a História da África, a sua geografia e, sobretudo, criar condições e possibilidades de encontro entre jovens do Continente Africano, porque, pessoalmente acredito que é do encontro que nascerá, em muitos, o desejo de se entender, de trabalhar juntos, de tomar consciência dos desafios do continente africano hoje, permanecendo, todavia, abertos ao mundo. Temos uma juventude que muitas vezes não tem a possibilidade de viajar porque as condições de vida são difíceis. Então, o nosso desejo é tonar isso possível porque consideramos que isto pode dar origem a uma maior abertura não só em relação ao continente africano, como também ao resto do mundo.”
- Descreva-nos uma viagem típica dessas. Quando chegais, quem vos acolhe, o que organizais em concreto para tornar possível essa ideia de integração e unidade da África?
“Tomemos como exemplo a ao Gana em 2017. Eram 70 jovens, 55 do continente e 15 da diáspora africana (França e Bélgica). 70 jovens juntos no Gana por dez dias! Esses dez dias foram marcados por conferências, visitas turísticas, encontros com personalidades religiosas, políticas… para criar também um diálogo entre gerações. As visitas turísticas são feitas numa ótica de conhecimento do continente, da sua cultura; então quando fizemos a visita a Cape Coast para visitar esse lugar emblemático de partida de africanos levados como escravos - isso foi um momento particular na vida desses jovens, tendo presente que alguns anos antes tínhamos estado na ilha de Gorée, no Senegal. Portanto, conferências sobre temas que nos interessam - integração, pan-africanismo, diálogo intercultural, diálogo inter-religioso - e, em 2017, no Gana estivemos com importantes figuras, conhecidas em África, como o economista senegalês, Felwine Sarr, que nos acompanhou com conferências e isso foi algo extraordinário para os jovens. Depois, há encontros, propriamente ditos, entre os jovens; conseguimos reunir jovens do continente com jovens da diáspora e isso também foi algo extraordinário porque faz cair preconceitos. Muitos dos que estão no continente não têm possibilidade de viajar e os que estão na Europa precisam de reatar a ligação com o continente e descobrir a terra dos seus antepassados. E há também toda uma dinâmica cultural porque organizamos ateliers mesmo de empresariado. É que temos consciência de que é preciso estimular a criatividade dos jovens para que assumam responsabilidades. Organizamos também - na ótica da integração cultural - serões culturais, de dança e tudo isso tendo como pano de fundo a integralidade das necessidades da juventude africana. Tudo isso é feito durante as férias grandes e num estilo diferente do quadro académico ou familiar; são outras formas de saber e de encontro. E se continuarmos a organizar essas atividades, é porque respondem às expectativas dos jovens e pensamos organizar a 8ª edição no Ruanda, em agosto de 2023.”
- Ia precisamente perguntar-lhe qual é a resposta dos jovens, porque a ideia da integração partiu de si e encontrou um terreno fértil nos jovens. Então sentem que a integração é a chave para o melhoramento da África!?
“Sim, creio que se trata aqui de uma juventude que tem um certo conhecimento da História da África, uma juventude que teve ocasião de ler acerca de grandes figuras do nosso continente e de ter um certo número de elementos de referência em relação aos desafios do continente. Muitas vezes, trata-se de jovens que já leram livros de Joseph Ki-Zerbo, de Cheikh Anta Diop, de Kwame Nkrumah, e que já chegaram a um nível em que dizem “é necessário que aprofundemos a nossa relação com a nosso próprio continente para criar uma forma de autonomia que nos permite pensar, agir e contribuir livremente à construção do nosso continente. Eu me senti particularmente tocado e mesmo estimulado por essa expectativa que há da parte dos jovens, o que me faz pensar que vale a pena continuar a organizar estas atividades porque respondem a uma expectativa. Tenho a impressão de que, pelo menos no que toca à África Ocidental, estamos perante jovens que têm realmente o desejo de dar a sua contribuição a uma forma de renascimento da África e sentimos que isto é bastante forte tanto nas meninas como nos rapazes. Estou impressionado com isto.”
- E como é que seleciona os jovens que participam nessas viagens de integração?
“É verdade que na qualidade de assuncionistas, temos uma presença em termos de comunidade em países como o Burkina-Faso, o Togo e agora também a Costa do Marfim, mas em termos de ligação com os Estados, criamos uma rede que é reconhecida pelos Estados como o Togo e o Burkina-Faso que se chama “Rede de Jovens para a Integração Africana”. Essa rede é conhecida na África Ocidental pelo facto de termos estado já em seis, sete países e hoje com as redes sociais (temos um sito internet)…, mas os jovens estão muito presentes na estrutura, as viagens são difusas nas redes sociais e atualmente quando lançamos uma viagem de integração num país, os jovens se inscrevem livremente. Depois, há, claramente, condições: idade e ver se os que se inscrevem compreendem qual é o espírito da viagem e há também uma contribuição monetária para participar. Inscrevem-se também através do site e há depois um comité de organização que procura verificar os que são realmente aptos a participar; além disso, o número de participantes é limitado, não podemos, de momento, sonhar em reunir 200 ou 300 jovens. Então, selecionamos com base nesses critérios e pela ordem de inscrição, sabendo também que no país para onde vamos encontraremos outros jovens e há laços que se criam localmente em modalidades diferentes, alguns ficam connosco durante o encontro todo e outros vêm apenas para animar diariamente as atividades que organizamos.”
- Os jovens dão, portanto, um contributo monetário e o resto é pago pela Congregação?
“Não só pela Congregação. A ideia é que todas as vezes que escolhemos um país de destino, o orçamento é elaborado em função desse país, ou seja, se sairmos do Burkina para ir ao Togo, não é o mesmo orçamento que ir do Burkina ao Ruanda. Então, em função do Budget, fixamos uma quota, mas a estrutura que pusermos em ato procura, ela própria, subvenções. Devo admitir que temos tido nestes dez anos muito apoio, o que é uma demonstração da pertinência desta atividade aos olhos dos Estados e das instituições. Já fomos, por ex., apoiados pela Francofonia na organização dessas atividades, pela Missio (da Alemanha) e, claro, pela Congregação que vê esta atividades como um lugar de expressão do carisma assuncionista, com esta paixão, com esta atenção pelo diálogo ecuménico, inter-religioso e intercultural; e nos países temos, por vezes, o apoio do Estado (como foi no Togo, no Burkina-Faso) e também de instituições em África que têm por vocação trabalhar a favor da integração africana como a UEMOA (com sede em Ouagadougou) e há também pessoas de boa vontade que, de cada vez, dão a sua pequena contribuição e todas essas subvenções unidas ao esforço de participação dos jovens sempre nos permitiram organizar essas atividades.”
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- Falemos agora da viagem ao Ruanda que estais a preparar para agosto deste ano. Como se perspetiva, qual é o tema, etc.?
“No fim de cada edição, os jovens fazem sempre propostas para o próximo destino e é assim que, depois do encontro no Gana em 2017, o Ruanda, mas também outros países como a Etiópia, o Egipto, etc., foram apontados e acabamos por reter o Ruanda porque sentimos que havia também esse desejo dos jovens da diáspora, mas também da África ocidental de descobrir a realidade da África oriental, porque estamos no mesmo continente, mas não há muitos encontros. Além disso, pensamos que, efetivamente, podia ser uma boa ideia - para nós que valorizamos a questão do viver juntos - ir a um país que, digamos, renasce das cinzas (após o genocídio 1993-94) refletir com os jovens africanos ruandeses sobre os desafios da vida em conjunto, por exemplo. Então, o tema que escolhemos para essa edição é “A juventude dos mundos africanos” porque vamos ter jovens que irão da Europa, mas também do Canadá (mas que são de origem africana), portanto, “juventude dos mundos africanos) para trabalhar em volta da vida em conjunto. E lançamos também um conceito africano que é muito valorizado ultimamente e sobre o qual trabalho de modo particular, um conceito muito conhecido na África oriental, o conceito de UBUNTU (eu sou porque nós somos). E então, vamos tentar a partir dessa grande temática, trabalhar subtemas que são precisamente a questão da integração, da vida em conjunto e, em ligação com esse conceito, abordar também a problemática ecológica a partir do Ruanda. Acreditamos que este país que se esforça neste sentido, pode ser um belo espaço de intercâmbio com os jovens africanos.”
- É muito interessante, mas tendo em conta a vastidão do Continente Africano e dos problemas dos jovens - se por um lado há esses que querem participar, que conhecem um pouco a História da África e a querem aprofundar, por outro, há aqueles que são, infelizmente, atraídos pelo retorismo e outros males, porque lhe faltam horizontes e tudo mais. Sonha, por ventura, fazer encontros deste tipo a nível do continente inteiro?
“Sim, na realidade, pensamos que esta atividade que organizamos é uma outra forma de lutar contra os impulsos de determinados males nos jovens africanos - admito que no que concerne à emigração, dizemos que se é livres de ir para onde se quer no mundo, quando se pode, mas ao mesmo tempo temos observado que boa parte da juventude africana procura fugir da África, mas vai morrer algures sem sequer chegar ao destino. E eu que sou do Burkina-Faso, tenho bem consciência daquilo que vivemos na África Ocidental, nos países do Sahel, há já alguns anos, em relação à questão do terrorismo. E, então, o nosso modo de fazer, o nosso desejo de transmitir novos comportamentos aos jovens africanos é, na realidade, uma forma de educação e de acompanhamento para que tenham consciência de que para construir a África e mesmo participar na construção do nosso mundo, é preciso ter visão, abrir o próprio espírito e não permanecer fechado em si, abrir horizontes, ter uma ampla visão das coisas. É isto que procuramos fazer. E procuro fazer com que os jovens que participam sejam de confissões religiosas diferentes e de países diferentes e procuro refletir com eles sobre estas questões todas. E espero, profundamente, que esta forma de educação e transmissão dos valores e conhecimentos do continente africano, possa ajudar a caminhar em direção a uma paz maior e a um maior desenvolvimento dos nossos países, em África.”
- A UA nasceu para favorecer a integração dos países africanos. Colabora convosco, e qual é a perceção que os jovens têm dessa organização que, em princípio, deveria fazer aquilo que vocês estão a fazer?
“Exatamente! Aliás, a um dado momento, nas relações que tínhamos com a UEMOA, que pretende integrar a África antes de mais na sua dimensão económica, encontramos pessoas que nos disseram: afinal, o trabalho que estais a fazer, somos nós que o deveríamos fazer na UEMOA, na UA, na CEDEAO. Nós já procuramos várias vezes entrar em contacto com a UA e com a CEDEAO. Devo dizer que até agora não conseguimos, ou seja, já escrevemos várias cartas e temos tido respostas em que dizem: “recebemos a vossa missiva… muita coragem nas vossas atividades.”, mas não fomos ainda concretamente apoiados por essas organizações, por essas pessoas. Contudo, acredito firmemente que o trabalho que fazemos vai fundamentalmente no sentido do trabalho que deveriam fazer instituições como a UA. Eu não me desencorajo, porque me digo que cada um de nós, lá onde está, pode colocar a sua pequena pedra para a construção do vasto projeto de unidade e talvez, um dia, isto dará frutos, não necessariamente para mim próprio, mas os jovens que hoje têm a possibilidade de participar neste tipo de atividades, poderão ser os líderes de amanhã em instituições como a UA, UEMOA, CEDEAO. E a experiência vivida nesta aventura de integração africana será, creio, uma mais valia para eles na sua forma de agir.”
- A vossa viagem de integração para o Ruanda será de 1 a 13 de agosto próximo, o mesmo período mais ou menos em que haverá a JMJ-Lisboa 2023 (de 1 a 6 de agosto) organizada pela Igreja católica. Que paralelismo vê entre estes dois eventos? Não sei, mas é como se a África precisasse de uma JMJ continental, não é?!
“Esta questão permite-me partilhar consigo um projeto que tenho em mente desde há muitos anos e sobre o qual já trabalhei mesmo, dum modo ou doutro. Isso requer uma outra preparação, uma outra logística, mas sonho Jornadas Africanas da Juventude, à semelhança da JMJ, mas no continente africano, sobre problemáticas que tocam o nosso continente. Não para nos fecharmos em nós mesmos, mas há problemas específicos ligados à história, à cultura e sobre os quais temos de trabalhar se queremos que os nossos próprios jovens possam inserir-se melhor no mundo. A realidade é que há muitos jovens que podem participar numa atividade no continente, mas não podem ir a Lisboa para a JMJ. Então, diria que, sem esquecer que há a JMJ, criamos outras possibilidades de encontro em África. E dei-me conta que no mês de agosto haverá esse encontro de jovens no Ruanda e haverá os que irão, creio, à JMJ em Lisboa. Digo que são coisas complementares e, felizmente, que há propostas diversas aos jovens para que cada um lá onde está possa dar o seu contributo para a construção das nossas sociedades.”
- Estamos a realizar esta entrevista em Lourdes, onde decorrem as 26ªs Jornadas São Francisco de La Sale. Que relação tem tudo isto com o trabalho que faz e com o projeto de integração dos jovens de que já nos falou e o que leva de útil para o trabalho que faz, de forma geral?
“Há já muitos anos que participo nas Jornadas de Comunicação São Francisco de Sales, devido ao meu trabalho no seio da Empresa Bayard, pois que, sou jornalista e trabalho para a filial do Grupo Bayard Press em África. É isto que, antes de mais, justifica a minha presença aqui. Haverá alguma ligação com as atividades que organizo? Talvez não diretamente, mas acho que as diversas experiências que vivemos aqui e além podem sempre ajudar-nos. Dou um exemplo: aqui em Lourdes, estão muitos órgãos de comunicação e uma das ideias é poder também estabelecer parcerias com estruturas que são suficientemente abertas e que se interessam pelas atividades que desenvolvemos em África. Já fui entrevistado por revistas como “Le Pélerin” sobre o que faço com os jovens e isto faz eco no mundo acerca do que se vive no continente africano porque há muitas coisas que ali se fazem e que não são difundidas cá fora pelos grandes grupos mediáticos; coisas que podem parecer pequenas, mas que têm um profundo significado para as pessoas que as vivem. Então o que me interessa nesse tipo de encontros como as Jornadas São Francisco de Sales é poder falar com jornalistas sobre o que faço e o que se vive no continente africano.”
- Há algo mais que gostaria de acrescentar?
“É dizer que muitas coisas já mudaram no mundo e talvez, a perceção que se tinha da África há alguns anos já não pode ser a mesma, há coisas que já mudaram e é preciso ter presente que temos uma juventude vivaz, forte, ambiciosa, mas que precisa de ser acompanhada duma forma ou de outra, apoiada e é isto que, modestamente, procuramos fazer a partir do lugar onde estamos. Creio que é bom ter consciência disto e que, na medida do possível, dedicaremos as nossas energias ao acompanhamento dessa juventude porque é a força do amanhã para a construção não só da África, como também do mundo inteiro; sabemos que em 2050 a África terá cerca de dois mil milhões de habitantes, não podemos ignorar isto e para se preparar o futuro, há que começar hoje. Então, nada melhor que a educação nas suas múltiplas formas e o que tentamos fazer é realmente uma forma de educação para acompanhar os jovens.”
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Bayard Press
O Grupo Bayard Press é um grupo de imprensa criado pelos Agostinianos Assuncionistas há 150 anos. Começou em França, em 1873, com um jornal que ainda existe: “Le Pélerin”. A comunicação faz parte do carisma dos Assuncionistas. Desde o início, o fundador e os seus discípulos compreenderam que era necessária uma presença da Igreja nos media (o que não acontecia muito na altura), e foi nessa ótica que lançaram o “Grupo Bayard Press”. Antes - explica o P. Sagadou - falava-se em “Boa Imprensa”; depois de “Bayard Press” que tem hoje cerca de dois mil empregados no mundo. A sede é em Paris, onde se editam jornais como “La Croix”, a revista “Missel” que acompanha dos cristãos na meditação da Palavra de Deus; “Prions l’Eglise” e outras revistas como “Panorama” e “La Documentation Catholique”.
Esse Grupo (cujo nome Bayard, vem da rua onde funcionava) tem filiais em várias partes do mundo: Filippinas, Vietnam, e uma para a África, inicialmente, com sede no Burkina-Faso, agora na Costa do Marfim. Tem também um escritório em Nairobi. O P. Sagadou trabalha nesse eixo para produzir artigos em francês e inglês para leitores africanos. “A ideia é chegar aos leitores na sua realidade cultural, fazer uma espécie de inculturação dos media no continente africano” - explica. Os assuncionistas orgulham-se de estar nos media no continente africano - acrescenta, dizendo que são vários religiosos jornalistas que trabalham em diversos órgãos, mas também em paróquias, no ensino, etc. Consideram o seu empenho nos media essencial para a Igreja e para o mundo.
Nos países africanos de expressão oficial portuguesa não estão ainda presentes, embora - refere - os bispos da CEREAO/RECOWA tenham expresso o desejo de que contemplem também essa área. Chegaram mesmo a ir a Cabo Verde encontrar os bispos e estudar a situação, mas, entretanto, surgiu a pandemia de Covid-19 e até agora não se voltou a falar no assunto.
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