Eleições Guiné-Bissau. CNE declara definitivos os resultados provisórios
Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Bissau
A informação consta no Comunicado à Imprensa do Departamento de Comunicação Social e Assuntos Jurídicos da CNE.
“Não havendo nada a tratar em matéria de contencioso eleitoral, a CNE, por este meio, comunica às principais partes interessadas, cidadãos eleitores e população em geral, que os resultados divulgados das eleições legislativas de 4 de junho, transitaram e foram consequentemente julgados em resultados definitivos”, lê-se no Comunicado.
De acordo com o documento, sendo feita a operação de apuramento nacional nos termos da Lei, a CNE, no uso das suas prerrogativas legais, procedeu no passado dia 8 de junho corrente o anúncio dos resultados provisórios de apuramento nacional das eleições legislativas de 4 de junho do ano em curso.
As contestações dos resultados publicados no dia 8 de junho deveriam ter lugar, segundo a lei, 48 horas após a divulgação dos resultados provisórios das eleições ganhas pela Coligação PAI-Terra Ranka, sob a liderança do PAIGC, com maioria absoluta de 54 mandatos.
O Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) obteve 29 mandatos, o PRS 12 mandatos, o estreante Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), liderado pelo Botche Cande, elegeu seis deputados e a Assembleia do Povo Unido (APU-PDGB), formação política do atual Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, obteve apenas um mandato, contra os cinco que obteve nas legislativas de 2019.
A CNE felicitou a população guineense pelo alto grau de civismo evidenciado no escrutínio, bem como a todos os atores implicados no processo, pelo apoio incondicional prestado e que culminou em “ganhos incomensuráveis” do povo guineense.
A CNE irá enviar, ainda esta semana, o edital com os resultados eleitorais ao Ministério da Função Pública, que por sua vez, fará os mesmos chegar à Imprensa Nacional para serem publicados no Boletim Oficial.
Entretanto, o coordenador da coligação PAI-Terra Ranka, igualmente cabeça de lista da coligação para o posto de Primeiro-Ministro, e o Presidente da República, que recentemente chegou a dizer que nunca iria nomear o líder do PAIGC como Primeiro-ministro, mas depois da divulgação dos resultados recuou nesta posição, encontraram-se na terça-feira, 13/06, pela primeira vez desde as eleições legislativas de 4 de junho. Após esse encontro, Domingos Simões Pereira negou a existência de um suposto mal-estar com o Chefe de Estado.
“Nunca houve um mal-estar, houve ambiente de total descontração, falamos abertamente como sempre falamos. O Presidente é alguém muito frontal, eu também sou e, portanto, de forma muito honesta e aberta partilhamos os nossos pontos de vista”, disse Domingos Simões Pereira aos jornalistas.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui