“Cabe a vós escolher o futuro”: Dom Mtumbuka à Associação das Mulheres Católicas no Malawi
Cidade do Vaticano
“O Malawi deve enfrentar muitos desafios que atingem duramente a vida das pessoas devido à forte crise económica”, acrescentou o Bispo de Karonga que exortou as mulheres da CWO “a usar a sua influência para eleger líderes capazes de enfrentar estes problemas”.
Na cerimónia dos 50 anos da associação das mulheres católicas, realizada em 22 de julho no estádio de Lilongwe, também esteve presente Dom George Tambala, Arcebispo de Lilongwe, que exortou as mulheres a permanecerem unidas e continuarem a fazer um bom trabalho para contribuir para o desenvolvimento da Igreja e do País: "Quando olho para vós, vejo um grande futuro, as obras que realizais contribuem significativamente para o desenvolvimento da Igreja e da nação: portanto, permanecei unidas e focadas nos valores e na visão da CWO".
Falando em nome da Organização Mundial das Mulheres Católicas, a presidente das mulheres católicas da Tanzânia, Eveline Mtenga, exortou as mulheres a continuarem a dar o seu contributo significativo no país.
“Temos vários talentos que deveríamos usar em benefício dos outros, qualquer coisa que pudermos fazer, façamo-lo de forma positiva para contribuirmos para o desenvolvimento do Malawi”, disse Mtenga, que é também responsável da Organização Africana das Mulheres Católicas.
O aniversário foi comemorado sob o tema "As mulheres são a coluna da Igreja". Nele participaram cinco Bispos, sacerdotes, religiosas e mulheres vindas de todo o País e do exterior. A grave crise económica em que vive o Malawi, e mencionada pelos dois Bispos, é exemplificada pela alta inflação, cuja taxa anual em abril de 2023 foi de 28,8%, um aumento em relação aos 15,7% de abril de 2022.
Apesar do início da temporada de comercialização do tabaco, o Malawi ainda enfrenta um défice de divisas, que é suficiente apenas para cobrir um mês de importações, em relação ao limiar mínimo estabelecido para três meses. O agravamento da situação económica tem levado ao aumento dos preços dos bens e dos géneros alimentícios, agravado pela escassez de combustível que se traduz no aumento dos custos dos transportes e da produção, levando ao aumento dos preços dos alimentos e de outros bens, e agravando as já precárias condições das famílias mais pobres e indigentes – com a Agência Fides.
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