Sínodo sobre a Sinodalidade: Delegação do Continente africano

Eduardo Helder Daniel - Vatican News

Como é reportado pela ACIAfrica, nos dias 4 a 29 de outubro, hão-de participar mais de 364 participantes do Sínodo sobre a sinodalidade na Itália (Roma), em que fazem parte deste mesmo elenco Cardeais, Arcebispos, Bispos, Religiosas, Religiosos e Leigos. E 67 deles são provenientes do Continente africano.

Pela primeira vez, os leigos não somente participarão na Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, mas também serão membros de pleno direito, com direito a voto num documento final ao final do processo que foi estendido até outubro de 2024, incluindo 43 delegados do Continente africano.

Delegação africana

Na lista, o Bispo Lúcio Andrice Muandula, da Diocese de Xai-Xai, em Moçambique, e o Patriarca Ibrahim Isaac Sedrak, de Alexandria, Chefe do Sínodo da Igreja Católica Copta, Egito, estão entre os nove Delegados do Presidente no Sínodo.

A moçambicana Sheila Leocádia Pires, que atua como Oficial de Comunicação da Conferência dos Bispos Católicos da África Austral (SACBC), é Secretária da Comissão de Informação presidida pelo Dr. Paolo Ruffini, Prefeito do Dicastério para a Comunicação.

Berhaneyesus Demerew Cardeal Souraphiel, da Arquidiocese de Adis Abeba, na Etiópia, o Arcebispo Menghesteab Tesfamariam, da Arquidiocese de Asmara, na Eritreia, e o Patriarca de Alexandria, Egito, são os delegados da África das Igrejas Católicas Orientais.

Para os delegados das Conferências Episcopais Católicas na África, o Cardeal Cristóbal López Romero, da Arquidiocese de Rabat, representará os Bispos Católicos do Norte da África na Conferência Episcopal Regional do Norte da África (CERNA).

A Associação das Conferências Episcopais da Região da África Central (ACERAC) será representada por Dom Emmanuel Dassi Youfang e Dom Philippe Alain Mbarga, de Camarões; Bispo Nestor-Désiré Nongo-Aziagbia, da República Centro-Africana (RCA); Bispo Nicolas Nadji Bab de Laï, no Chade; Bispo Ildevert Mathurin Mouanga de Kinkala, na República do Congo; Dom Juan Domingo-Beka Esono Ayang, da Guiné Equatorial, e Dom Jean-Patrick Iba-Ba, de Libreville, no Gabão.

Bispo Georges Bizimana, de Ngozi, no Burundi; D. Marcel Utembi Tapa, Arcebispo de Kisangani, e D. Pierre-Célestin Tshitoko Mamba, D. Luebo, da República Democrática do Congo (RDC); e o Bispo Edouard Sinayobye, de Cyangugu, em Ruanda, representarão a Associação das Conferências Episcopais da África Central (ACEAC).

Sublinhamos que a maioria dos delegados da África são das Conferências Episcopais Regionais da África Ocidental (RECOWA/CERAO). De  fato, incluem o Bispo Coffi Roger Anoumou de Lokossa em Benin; o Arcebispo Gabriel Sayaogo, de Koupéla, em Burkina Faso; Bispo Marcellin Kouadio Yao de Daloa, na Costa do Marfim; o Arcebispo Edward Tamba Charles, de Freetown, em Serra Leoa; o Arcebispo Vincent Coulibaly, de Conakry, na Guiné; o Bispo Emmanuel Kofi Fianu, de Ho, e o Arcebispo Gabriel Charles Palmer-Buckle, de Cape Coast, ambos em Gana; Bispo Hassa Florent Koné, de San, em Mali; Bispo Dominique Banlène Guigbile, de Dapaong, no Togo; Bispo Anthony Fallah Borwah, de Gbarnga, na Libéria; e na Nigéria, o Bispo Donatus Aihmiosion, de Uromi, o Arcebispo Ignatius Ayau Kaigama, de Abuja, e o Arcebispo Lucius Iwejuru Ugorji, de Owerri.

Aproximadamente um terço dos 364 delegados votantes foram escolhidos diretamente pelo Papa Francisco, incluindo o Arcebispo Ignace Bessi Dogbo, da arquidiocese de Korhogo, na Costa do Marfim, e o Presidente da Conferência Episcopal da Costa do Marfim (CECCI), o Bispo Muandula e o Arcebispo Robert Christopher Ndlovu, da arquidiocese de Harare, no Zimbábue.

O Presidente do Simpósio da Conferência Episcopal da África e Madagascar (SECAM), Cardeal Fridolin Ambongo Besungu, da Arquidiocese de Kinshasa, na RDC, representará o fórum continental dos Bispos Católicos.

O Encontro Inter-Regional dos Bispos da África Austral (IMBISA) será representado pelo Bispo Joaquim Nhanganga Tyombe, do Uíje, em Angola, o Arcebispo Anton Dabula Mpako, Ordinário Militar da África do Sul, Arcebispo Inácio Saúre, de Nampula, em Moçambique, o Bispo John Joale Tlhomola, de Mohale's Hoek, no Lesoto, o Arcebispo Liborius Ndumbukuti Nashenda, de Windhoek, na Namíbia, e o Bispo Raphael Macebo Mabuza Ncube, de Hwange, no Zimbábue.

Bispo Markos Ghebremedhin, da Etiópia, o Arcebispo Martin Kivuva Musonde e o Arcebispo Anthony Muheria, do Quénia, o Arcebispo George Desmond Tambala, de Lilongwe, no Malawi, o o Cardeal nomeado Dom Stephen Ameyu Martin Mulla, de Juba no Sudão do Sul, o Arcebispo Jude Thaddaeus Ruwa'ichi e o Bispo Flavian Kassala, da Tanzânia, o Bispo Sanctus Lino Wanok, de Lira, em Uganda, e o Arcebispo Ignatius Chama, de Kasama, na Zâmbia, representarão a região da Associação das Conferências Episcopais Membros da África Oriental (AMECEA).

Nomeações

Espera-se que o Bispo Alain Harel, de Port Victoria, em Seychelles, e o Bispo Jean Pascal Andriantsoavina, de Madagáscar, representem as Conferências Episcopais do Oceano Índico (CEDOI).

Das Assembleias continentais, o Papa Francisco nomeou o Pe. Vitalis Chinedu Anaehobi, Secretário Geral da RECOWA, Michel Jean-paul Guillaud, a Ir. Ester Maria Lucas, Ir. Josée Ngalula, Sra. Norha Kofognotera Nonterah, Pe. Agbonkhianmeghe Emmanuel Orobator, Ir. Marie Solange Randrianirina, Ir. Solange Sahon Sia e Pe. Rafael Simbine Junior, Secretário Geral do SECAM.

O Santo Padre também nomeou o Arcebispo Andrew Nkea Fuanya de Bamenda, em Camarões, o Arcebispo Gabriel Mbilingi, de Lubango, em Angola, e o Cardeal Dieudonné Nzapalainga, da Arquidiocese de Bangui, na RCA, como membros do Conselho Ordinário do Sínodo.

O Superior Geral dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ), Pe. Gebresilasie Tadesse Tesfaye, está entre os delegados que representam as Ordens Religiosas.

O renomado professor de Teologia de Burkina Faso, Pe. Paul Béré, a Ir. Anne Béatrice da Costa do Marfim, a Secretária Geral da AMECEA, Pe. Anthony Makunde e Ir. Paola Nelemta Ngarndiguimal, do Chade, estão na categoria de especialistas e facilitadores do Sínodo.

Sessões da Assembleia

Numa mudança em relação aos Sínodos recentes, o Papa Francisco dividiu a Assembleia geral em duas sessões, uma a ser realizada em outubro de 2023 e a segunda em outubro de 2024.

Segundo o Cardeal Mario Grech, Chefe do Escritório sinodal do Vaticano, as conclusões serão alcançadas somente após a segunda sessão em 2024. Ao final da primeira sessão deste ano, a liderança sinodal proporá aos participantes algumas ideias sobre o que fazer entre as duas sessões.

O Sínodo da Igreja Católica sobre a sinodalidade está em andamento desde outubro de 2021. Ao final do processo, em 2024, os participantes da Assembleia sinodal votarão um documento final consultivo que será apresentado ao Papa, que poderá decidir, se desejar, adotar o texto como um documento papal ou escrever o seu próprio na conclusão do sínodo.