Bispos do Gana propõem via diplomática em vez de intervenção militar no Níger
Cidade do Vaticano
Em declarações divulgadas recentemente e assinadas por Dom Matthew Kwasi Gyamfi, Bispo de Sunyani e Presidente da Conferência Episcopal do Gana (GCBC, sigla em inglês), se afirma: “A posição da Conferência é que a ideia de uma intervenção militar da CEDEAO para a restauração do regime constitucional no Níger não deveria sequer ser considerada”.
A Conferência Episcopal do Gana (GCBC) salienta que “o Mali e o Burkina Faso já enviaram aviões de guerra para o Níger em resposta a uma potencial intervenção militar da CEDEAO”. Os dois Países, governados por juntas golpistas, afirmaram de facto que qualquer acção militar contra os golpistas em Niamey seria considerada uma declaração de guerra contra eles. “Além disso – recordam os Bispos do Gana – Burkina Faso ameaçou retirar-se da CEDEAO se o bloco interviesse militarmente no Níger”.
“Segundo os ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo (João 14:27), nós, como Conferência, nos opomos a qualquer intervenção militar contra os conspiradores golpistas no Níger, pois isso agravaria a situação já precária naquele País onde os civis como as mulheres, as crianças, os idosos, os fracos e vulneráveis da sociedade estão a suportar o peso maior desta situação caótica”, afirma a GCBC.
“A posição da Conferência é que a CEDEAO e os seus líderes deveriam seguir os caminhos da diplomacia para lidar com a situação. Isto exigirá ulteriores empenhos com os golpistas para discutir um roteiro concreto para lidar com a situação. A Conferência está confiante de que esta abordagem permitirá a todas as partes e aos mediadores de desenvolver rapidamente soluções duradouras para a situação no Níger”, conclui a declaração.
A posição contrária a uma ação militar no Níger por parte da Conferência Episcopal do Gana soma-se à da Conferência Episcopal Regional da África Ocidental (RECOWA), das Conferências Episcopais da Nigéria e do Níger e de Burkina Faso, e dos Bispos da Província Eclesiástica de Ibadan - com a Agência Fides.
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