Guiné-Bissau. Geraldo João Martins nomeado novo Primeiro-ministro do País

Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Guiné-Bissau

O novo Primeiro-ministro, Geraldo Martins, elege como desafio da emergência para o seu governo a viabilização da compra da castanha de caju, maior produto de exportação da Guiné-Bissau, considerado "estratégico" para a economia nacional, a redução do preço de produtos de primeira necessidade, assim como a situação do sector social do país.

Geraldo João Martins falava após ser empossado, na tarde de terça-feira, como Chefe do Governo, indicado pela coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -Terra Ranka, que venceu as eleições legislativas de 4 de junho com maioria absoluta.

“Estas são as grandes prioridades que nós identificámos durante a campanha eleitoral. À exportação da castanha de caju, reduzir o elevado custo de vida, iniciar as aulas a tempo, melhorar o sistema de saúde bem como permitir a facilidade no acesso à água e energia elétrica. E, portanto, para este Governo, vai ser um desafio de emergência tentar resolver todos estes problemas. Não há varinha mágica para isto, não existem soluções milagrosas, mas queremos acreditar que com o apoio de todos vai ser possível termos os resultados que almejamos para a Guiné-Bissau nos próximos tempos”, finalizou o novo Primeiro-ministro.

Antigo quadro sénior do Banco Mundial, e antigo Ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins de 59 anos, é também vice-presidência do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e faz parte do círculo mais próximo de Domingos Simões Pereira, atual presidente da Assembleia Nacional Popular, líder do PAIGC e coordenador da coligação vencedora das últimas legislativas.

Geraldo Martins anunciou que o novo elenco governamental deverá ser conhecido até final desta semana e fez saber que “será um elenco inclusivo e alargado às outras formações políticas que não fazem parte da coligação PAI Terra-Ranka”.

Entretanto, na mesma cerimónia, já em crioulo o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló afirmou que a estabilidade governativa é fundamental, por isso pede tréguas nas lutas políticas e entre os órgãos de soberania, realçando a necessidade de todos trabalharem em conjunto.

“A estabilidade governativa é fundamental, por isso existe a necessidade de darem tréguas”, apelou, o Chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló.