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Jovens de Moçambique na JMJ Lisboa 2023 Jovens de Moçambique na JMJ Lisboa 2023 

Moçambique na JMJ. Jovens, como Maria, sair apressadamente e ser instrumentos da mudança

Centenas de jovens moçambicanos, superando dificuldades e desafios, estiveram em Lisboa e participaram na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Após uma experiência maravilhosa e única, consideram chegado o momento para “deixar o sofá” e, como Maria, sair apressadamente e ser instrumentos de mudança na Igreja e na sociedade.

Padre Bernardo Suate – Cidade do Vaticano

Momentos de grande emoção, encontro e partilha foram vividos em Lisboa, na primeira semana de agosto, juntamente com o Papa Francisco, para a Jornada Mundial da Juventude. Moçambique estava bem representado e alguns jovens quiseram deixar à Rádio Vaticano os seus depoimentos.

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Juaneta Rodrigues Sueta, da arquidiocese da Beira (centro de Moçambique) não esconde a imensa felicidade por participar na JMJ, para ela é “uma honra estar em frente de um grande homem como o Papa Francisco”. Dificuldades não faltaram para chegar a Lisboa, mas tudo valeu para ser parte de uma experiência incrível.

Deste modo, Juaneta considera que agora “já tem o PIN” de como chegar à Jornada e, aposta que vai partilhá-lo com os jovens da sua diocese e das zonas centro e norte para mais facilmente participarem em grandes números nas próximas Jornadas.

Aos jovens que puderam que puderam viver a JMJ de Lisboa e aos que ficaram em Moçambique, a jovem lança uma mensagem de esperança: tirem todo o vosso dinamismo, a vossa alegria, a vossa fé, a vossa esperança, porque nós todos estamos unidos, e esta união vai fazer de nós sempre jovens fortes”, sublinha Juaneta.

A arquidiocese de Maputo esta representada pela jovem Rosa Tangara, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, da Sé Catedral. Para Rosa, que pela primeira vez participa numa Jornada, “juntar vários jovens para orar, partilhar a mesma fé e experiência, é simplesmente uma coisa incrível”. Apesar das dificuldades a jovem afirma que encontrou pessoas simpáticas e generosas que tornaram mais suave a sua peregrinação para a Jornada.

Tudo para ela foi incrível: culturas diferentes, o ambiente festivo, as bandeiras de todo o mundo umas ao lado das outras, a experiência ...” e, por isso, ela espera regressar a Moçambique e passar tudo o que aprendeu, tudo o que ouviu e convidar os irmãos a participarem na próxima jornada.

 Para Rosa Tangara, a cosa mais importante é que as pessoas não simplesmente conheçam a palavra, mas vivam a palavra, porque “se a pessoa souber que Jesus nos ensinou a amar o próximo, a perdoar, a doar-se por completo à Igreja, servir os outros e viver a Bíblia, mais do que conhecer a Bíblia, isso é dez vezes melhor”.

Sobre questões ecológicas, que enriqueceram as pré-jornadas dos jovens moçambicanos em Portugal, Rosa está convencida que devemos ser mais focados no nosso País (Moçambique), porque nós sofremos de muitos ciclones, e outros efeitos das mudanças climáticas e, portanto, “devemos todos nos unir para essa causa que é humanitária para que um dia possamos melhorar o meio ambiente, que é o mais importante, pois sem o meio ambiente nós não iremos sobreviver”.

Amândio Manuel Araújo, da Diocese de Xai-Xai (Província de Gaza, sul de Moçambique) quis também partilhar a sua alegria pela experiência da Jornada, “uma efeméride a que todo o jovem gostaria de participar”. Não foi fácil para ninguém chegar a Lisboa para a JMJ e, por isso, para Amândio, “estar aqui é uma guerra vencida”.

E o que a Jornada de Lisboa tem de especial e mais o emociona, explica Amândio, “é a camada juvenil de todos os Países, essa interligação, essa troca de experiência com os jovens dos outros países, uma coisa fenomenal que não pensava que pudesse passar por ela, mas graças a Deus, estamos aqui”. E por isso mesmo ele acredita que aquilo que vai levar aos jovens da diocese de Xai Xai e de todo Moçambique é a riqueza de experiência que tira desta Jornada. 

É preciso dizer aos jovens que chegou o momento de trazermos as mudanças, trazermos e fazermos com que a nossa palavra como jovens seja ouvida e procurarmos não ser aqueles jovens de sofá, como o Papa tem dito, mas para sairmos, aqueles jovens que estão de saída apressadamente, como Maria, que, quando recebeu a chamada, também ela não levou tempo e partiu apressadamente – rematou o jovem moçambicano Amândio Manuel Araújo.

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13 agosto 2023, 10:40