Dom Anyolo: “Resultado do diálogo não deve favorecer partidos, mas os quenianos"
Cidade do Vaticano
O Comité constituído por membros aliados da coligação do governo Kenya Kwanza, do Presidente William Ruto, e da coligação da oposição Azimio La Umoja, do líder da oposição Raila Odinga, afirma que concluiu a leitura de todos os memorandos submetidos à equipa de conversações e retomará as suas sessões esta semana.
O Comité para o Diálogo diz que foram recebidas um total de 258 submissões e o que resta é a construção de consenso sobre as cinco questões das conversações entre as equipas da Azimio e do Kenya Kwanza. O Comité tem agora apenas 22 dias antes de o seu mandato expirar.
Favorecer quenianos a braços com elevado custo de vida
Segundo o Arcebispo Anyolo, o relatório “não deveria favorecer os partidos políticos, e fazer algo politicamente como tal, mas apoiar o povo do Quénia que neste momento também está a sofrer com os aspectos do elevado custo de vida”.
O Arcebispo de Nairobi, que falava depois de presidir a uma Missa em Kasarani, no dia 4 de outubro, lançou apelo ao governo: “Continuamos a pedir ao governo e às pessoas envolvidas para que façam de forma apropriada o trabalho que lhes foi confiado de modo a melhorar o bem estar do povo, e não apenas para ganhos egoístas.”
Mais importante é aprender a dialogar uns com os outros
“O mais importante para nós, quenianos, é aprender a dialogar uns com os outros. Qualquer que seja o difícil desafio que enfrentamos como nação, como indivíduos, nas nossas famílias e onde trabalhamos, vamos entrar em diálogo. Os nossos próprios irmãos e irmãs têm-se atacado uns aos outros a nível político e em todo o lado, mas a melhor coisa a fazer e o mais importante é estarmos unidos”, enfatizou.
Sobre a questão do aumento do custo de vida que está a tornar a vida mais difícil para muitos, à medida que lutam para pagar os bens de primeira necessidade como mercearias, combustível e aluguer da casa, Dom Anyolo instou o governo a reintroduzir subsídios aos produtos básicos para proteger os quenianos a curto prazo, enquanto se procura uma solução deliberada e duradoura.
“Muitos quenianos estão sem comida. E também muitos deles não têm condições para pagar os cuidados de saúde. Se quisermos que o diálogo continue, então olhemos também para o nível das pessoas, o que conseguem pagar e o que o governo pode subsidiar, para que as pessoas possam viver uma vida que se possa chamar digna de uma pessoa humana”, afirmou.
Corrupção entre os desafios que impedem prestação adequada de serviços
As principais questões apresentadas pela Conferência dos Bispos Católicos do Quénia (KCCB, sigla em inglês) ao Comité para o Diálogo Nacional no dia 3 de outubro foram as preocupações sobre o elevado custo de vida e questões relacionadas. Eles também destacaram o elevado custo dos cuidados de saúde, as greves frequentes de trabalhadores em sectores-chave, a fome, a segurança social e a corrupção, que interromperam a prestação adequada de serviços aos quenianos.
Os Bispos católicos propuseram uma série de alterações e medidas constitucionais para ajudar a enfrentar o elevado custo de vida e a corrupção institucional que atormentam o País - com a Agência CISA.
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